São Paulo, terça-feira, 31 de agosto de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Indicador cai a 509 pontos com valorização de títulos da dívida; dólar fecha a R$ 2,946 e Bolsa sobe 1,21%

Risco-país retorna aos níveis de fevereiro

DA REPORTAGEM LOCAL

Os títulos da dívida brasileira voltaram a registrar valorização no mercado internacional ontem. Esse movimento fez o risco-país cair 3,05% e voltar ao seu menor patamar desde fevereiro.
Nesse cenário, o mercado doméstico se acalmou pela tarde. Na abertura dos negócios de ontem, a divulgação de um índice de inflação (o IGP-M) mais forte que o esperado causou repercussão negativa em todos os segmentos: a Bolsa chegou a cair 1,23%, e juros e dólar, a subir.
A moeda dos Estados Unidos acabou encerrando as operações a R$ 2,946 (baixa de 0,30%), no menor valor diante do real em quatro meses.
A Bolsa de Valores de São Paulo fechou o pregão com alta de 1,21%.
Ontem o risco-país fechou aos 509 pontos. O Global 40 e o C-Bond -principais títulos da dívida brasileira- subiram 1,46% e 0,57%, respectivamente.
Na sexta-feira, os títulos da dívida brasileira passaram a contar com um incentivo extra, com o aumento da recomendação de compra feita por Morgan Stanley e Citigroup.
Risco-país em níveis menores representa maior facilidade, além de custos mais baixos, na hora de empresas, bancos e o próprio governo captarem recursos no mercado internacional.
A baixa do petróleo no mercado internacional ajudou a manter o dia mais calmo no mercado.
Na última quinta-feira, o Copom (Comitê de Política Monetária) divulgou a ata de sua última reunião, que sinalizou a disposição do Banco Central em elevar a taxa básica de juros da economia se as expectativas de inflação começarem a se distanciar muito de suas metas. O fato teve resposta negativa do mercado financeiro nos últimos dias da semana passada.
Em seu encontro de agosto, o Copom -que é formado por diretores e o presidente do BC- decidiu manter a taxa básica em 16% ao ano.

Ações
Se os juros voltam a ser elevados, o mercado de ações pode acabar sendo prejudicado e perder investidores para aplicações que acompanham a oscilação das taxas de juros.
No pregão de ontem da Bovespa, a ação preferencial da Eletropaulo liderou as altas, com valorização de 5,1%.


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