São Paulo, sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Cai índice de pirataria em software no Brasil

No ano passado, 60 de cada 100 programas comprados no país eram ilegais, contra 64 em 2005; queda é a 1ª em dez anos

Taxa está acima da média mundial, de 35%; ministério credita redução a esforço para usar produto original dentro do próprio governo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O índice de softwares piratas adquiridos no Brasil caiu de 64% para 60% de 2005 para 2006, de acordo com a quarta edição do Estudo Anual de Pirataria de Software Global, elaborado pela consultoria IDC Global e divulgado pelo Ministério da Justiça.
Segundo a pasta, a queda é a primeira em dez anos. Teriam contribuído para ela "os esforços do governo brasileiro para aumentar a utilização de software legítimo dentro de seus próprios departamentos" e a realização de acordos entre fornecedores de software e de computador.
Embora tenha caído, a taxa brasileira ainda é maior que a média mundial, de 35%.
O número se manteve estável no mundo, segundo o trabalho, porque, embora a taxa de pirataria em softwares tenha caído na Europa e na América Latina, ela cresceu na Ásia e na África.
Já os prejuízos com a pirataria, afirma a IDC, aumentaram em cerca de US$ 5 bilhões no mundo, devido ao crescimento do mercado como um todo -15% a mais do que em 2005.
No Brasil, em décimo lugar entre os que têm mais perdas com a pirataria, o prejuízo teria sido de US$ 1,4 bilhão -aumento de US$ 382 milhões.
De acordo com o trabalho, em mais da metade dos países o índice de pirataria de softwares é de 62%. Em 62, o índice caiu; em 13, ele aumentou. Em 27, ele se manteve estável. A pesquisa foi feita em 102 países.
O país com a maior taxa de pirataria de softwares é a Armênia (95%) e o que tem a menor é Cingapura (39%).
A China, que em 1998 tinha 92% de softwares piratas, reduziu seu índice para 82% em 2006. Segundo a IDC, o mercado do software legítimo no país aumentou 358% desde 2003.
Na Rússia, a taxa caiu sete pontos percentuais desde 2003 -três de 2005 para 2006.
O estudo aponta como um dos fatores da queda o aumento da renda pessoal no país.
Para estimar o número de piratas, a pesquisa cotejou, entre outros fatores, as vendas de computadores com as vendas de softwares legais.
De acordo com o professor da UnB (Universidade de Brasília) Leonardo Lazarte, porém, esse tipo de número é difícil de avaliar, devido à própria natureza ilegal da pirataria.
Sobre a queda do índice do Brasil, Lazarte afirma que só se pode dizer que "está na margem de erro".


Texto Anterior: Compra parcelada no cartão supera pagamento à vista
Próximo Texto: Tecnologia: Sony apresenta dois novos modelos para enfrentar o iPod
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.