|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
INFLAÇÃO
FGV prevê taxa entre 15% e 16% com dólar a R$ 2,00
IGP-M em agosto vai a 1,56%, sob pressão de preços do atacado
ISABEL CLEMENTE
da Sucursal do Rio
Se a cotação do dólar continuar
próxima a R$ 2, a inflação este
ano poderá ficar entre 15% e 16%,
segundo projeções da FGV (Fundação Getúlio Vargas), cuja previsão anterior era de 14%.
A alta do dólar -mais os combustíveis e o frio- é uma das explicações para a variação de
2,24% do IPA (Índice de Preços
no Atacado), um dos três índices
que compõem o IGP-M (Índice
Geral de Preços), que subiu de
1,55%, em julho, para 1,56%, em
agosto, divulgou ontem a FGV.
O IGP-M acumulado no ano (de
janeiro a agosto) está em 11,67%.
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) ficou em 0,70%, aumentando ainda mais a diferença
entre a inflação medida no atacado, pelo IPA, e o índice que reflete
os preços ao consumidor. O
INCC (Índice Nacional de Custos
da Construção) foi de 0,52%.
Segundo o economista Paulo
Cota, chefe do Centro de Estudos
de Preços da FGV, a diferença entre o IPA e o IPC prova a existência de uma "bolha inflacionária",
que vai aparecer "assim que o país
retomar o crescimento".
Cota diz que, se a recessão não
estivesse limitando o poder de
compra dos brasileiros e segurando os preços no varejo, o IPC estaria de 6% a 8% mais alto.
"A margem bruta (o que supera
o custo da produção, incluindo
lucro) das companhias está caindo e elas vão se recuperar quando
a economia voltar a crescer", diz.
Há a possibilidade de que a "bolha inflacionária" comece a se diluir já no fim do ano, devido à liberação do 13º salário, que aumenta temporariamente a renda
do consumidor, segundo Cota.
Texto Anterior: Telecomunicações: Privatização ampliou empregos nas operadoras, diz governo Próximo Texto: Supermercados: Carrefour compra rival por US$ 16,8 bi Índice
|