São Paulo, Domingo, 31 de Outubro de 1999
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Previsões de caos para 99 furaram

da Reportagem Local

As previsões feitas pelos economistas sempre são cercadas por dúvidas. No ano passado e no início de 1999, as dúvidas se converteram em certeza em relação aos limites das projeções.
O Deutsche Bank projetou taxa de câmbio no final de 1999 a R$ 3,10 por dólar. O Merril Lynch disse que a inflação chegaria a 33% ao ano e o Lehman Brothers previu queda de 6% no PIB.
"Foi uma situação inédita", diz o ex-presidente do BC, Gustavo Loyola. "Não sabíamos como o país iria lidar com a mudança no câmbio e nos baseamos no que ocorreu na Ásia."
De acordo com o ex-presidente do BC, só depois de algum tempo se percebeu que a crise seria menos intensa no Brasil porque os bancos e empresas estavam menos endividados do que os dos países asiáticos.
Numa situação normal, as previsões também podem falhar porque economia não é ciência exata, diz Loyola. "Os números podem estar imprecisos, o importante é acertar as tendências."
Para Octavio de Barros, do banco Bilbao Vizcaya, agora os analistas estão melhor preparados. "Aprendemos com a desvalorização. As variações sempre vão estar presentes, mas as chances de grandes erros diminuíram", arrisca o economista.


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