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Previsões de caos para 99 furaram
da Reportagem Local
As previsões feitas pelos
economistas sempre são
cercadas por dúvidas. No
ano passado e no início de
1999, as dúvidas se converteram em certeza em relação
aos limites das projeções.
O Deutsche Bank projetou
taxa de câmbio no final de
1999 a R$ 3,10 por dólar. O
Merril Lynch disse que a inflação chegaria a 33% ao ano
e o Lehman Brothers previu
queda de 6% no PIB.
"Foi uma situação inédita", diz o ex-presidente do
BC, Gustavo Loyola. "Não
sabíamos como o país iria lidar com a mudança no câmbio e nos baseamos no que
ocorreu na Ásia."
De acordo com o ex-presidente do BC, só depois de algum tempo se percebeu que
a crise seria menos intensa
no Brasil porque os bancos e
empresas estavam menos
endividados do que os dos
países asiáticos.
Numa situação normal, as
previsões também podem
falhar porque economia não
é ciência exata, diz Loyola.
"Os números podem estar
imprecisos, o importante é
acertar as tendências."
Para Octavio de Barros, do
banco Bilbao Vizcaya, agora
os analistas estão melhor
preparados. "Aprendemos
com a desvalorização. As variações sempre vão estar
presentes, mas as chances de
grandes erros diminuíram",
arrisca o economista.
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