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Investidor aguarda dado de inflação no Brasil
Fipe apresenta resultados; nos EUA, foco é desemprego
DA REPORTAGEM LOCAL
A primeira semana de 2008,
mais curta devido ao Réveillon,
terá uma agenda bastante esvaziada para orientar os mercados financeiros globais.
O ponto alto ficará por conta
da taxa de desemprego norte-americana de dezembro, a ser
anunciada na sexta-feira.
O nível de desemprego é um
importante sinalizador de como anda a maior economia do
mundo. E os mercados encerraram 2007 atentos e preocupados com o ritmo da economia norte-americana.
O país atravessa um momento delicado, com sinais conflitantes de pressões inflacionárias e também de desaquecimento econômico.
Na quarta-feira, a divulgação
da pesquisa do desempenho do
setor manufatureiro norte-americano, feita pelo instituto
de pesquisas ISM, estará na
agenda. Cada dado americano
tem sido acompanhado com interesse pelo mercado.
O que investidores e analistas estão interessados em saber
é se haverá chances de os juros
americanos serem reduzidos
na primeira reunião do Fed
(Federal Reserve, o banco central dos EUA) de 2008.
Os dirigentes do Fed irão se
reunir nos dias 29 e 30 de janeiro para decidir se seguem com
o processo de corte da taxa básica, que está em 4,25% anuais,
ou se interrompem a redução .
Para os mercados acionários,
o que mais interessa é que a taxa seja cortada novamente. Nos
momentos de queda dos juros,
os investidores tendem a aceitar maiores riscos, trocando
aplicações de renda fixa por
ações.
Inflação preocupa
No Brasil, a apresentação do
resultado da Fipe de dezembro
será a notícia mais relevante
para o mercado na semana.
O IPC (Índice de Preços ao
Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) vem apresentando alta maior a cada mês: subiu
0,08% em outubro e 0,47% em
novembro. As projeções do
mercado indicam que a taxa da
Fipe registrou alta de 0,91% em
dezembro.
A pressão inflacionária no
país levou o mercado a passar a
temer até por uma elevação da
taxa básica da economia, a Selic, em breve. Isso pressionou
as taxas futuras de juros.
Na semana passada, o Banco
Central divulgou seu relatório
periódico de inflação, que foi
encarado como cauteloso e
conservador pelo mercado.
Segundo análise feita pela
ABN Amro Real Corretora, "a
linha de fundo do relatório divulgado de inflação reforçou a
idéia de uma prolongada pausa
no ciclo de flexibilização da taxa de juros, mas sem sinais de
um agravamento nos próximos
meses, principalmente devido
às expectativas da inflação estabilizada".
Pressão
Na semana passada, também
chamou a atenção o resultado
do IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) de dezembro,
medido pela FGV.
"No cenário interno, alertamos para a recente alta dos índices de inflação, com destaque
para alimentos e serviços, o que
trouxe alterações nas perspectivas para inflação e juros para
2008", avalia a Coinvalores.
O IGP-M apontou elevação
de 1,76% em dezembro, no teto
das estimativas, levando a inflação de 2007 a ficar em 7,70%.
O repique inflacionário no
Brasil trouxe de volta o temor
de que a elevação dos preços leve o Copom (Comitê de Política
Monetária, formado por diretores e pelo presidente do Banco Central) a subir a taxa básica
de juros da economia no próximo ano. A Selic está em 11,25%,
tendo sido mantida nesse patamar nas duas últimas reuniões
do Copom.
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