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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Ganhos de fundos do FGTS
devem estimular investidores
Os trabalhadores que investiram seu FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)
em fundos de ações da Vale e da
Petrobras registraram perdas
neste ano, mas os ganhos acumulados ainda superam as demais aplicações. Essa é a conclusão de levantamento da
Economática que compara a
rentabilidade dos fundos
FGTS-Vale e FGTS-Petrobras
com outras modalidades de investimentos.
No ano, quem investiu nas
ações de Vale e Petrobras perdeu 52,85% e 46,53%, respectivamente. O desempenho ficou
abaixo de aplicações como ouro
(30,79%), dólar (35,25%), CDI
(12,27%) e a própria poupança
(7,9%). A rentabilidade dos
fundos neste ano foi inferior,
inclusive, ao rendimento do
FGTS, de 3% ao ano mais TR
(Taxa Referencial).
Desde a sua criação, em 17 de
agosto de 2000, no entanto, o
fundo FGTS-Petrobras acumula ganhos de 480%, valorização
bem acima dos investimentos
em ouro (270%), CDI (263%)
ou do Ibovespa (109%).
O mesmo ocorre com o fundo
FGTS-Vale, que se valorizou
em 566% desde que foi criado,
em 26 de fevereiro de 2002.
Para o economista e professor da PUC-SP Antonio Corrêa
de Lacerda, mesmo com as perdas deste ano, os trabalhadores
que optaram por aplicar seu
FGTS nos fundos fizeram um
bom negócio. "Eles ganharam
mais do que se tivessem deixado o dinheiro parado", disse.
Lacerda também vê com
bons olhos a possibilidade de o
governo permitir que os trabalhadores usem os recursos do
FGTS para investir no FI-FGTS (Fundo de Investimento
do FGTS) em 2009. "A rentabilidade mínima de 6% ao ano é o
dobro do que rende o FGTS."
Um grupo técnico do Ministério do Trabalho já está estudando essa possibilidade. O FI-FGTS foi criado em dezembro
do ano passado para destinar os
recursos do FGTS a obras de infra-estrutura nos setores de rodovias, portos, hidrovias, ferrovias e energia.
O FI-FGTS foi autorizado a
funcionar no início deste ano,
com um orçamento de R$ 5 bilhões. Com a crise, que tornou o
crédito mais escasso, a busca
pelos recursos do FI-FGTS aumentou e o orçamento do fundo foi ampliado. Até dezembro,
o fundo aprovou quase R$ 12
bilhões em projetos.
Wanderley Nunes prepara
abertura de salões populares
Conhecido por atender algumas das maiores celebridades
do país -e cobrar caro por isso-, o cabeleireiro Wanderley
Nunes começa 2009 com um
projeto ambicioso. Dono da rede Studio W, Wanderley pretende abrir mil salões pelo país,
para atender consumidores de
baixo poder aquisitivo.
Batizado de W One, a rede
funcionará no sistema de franquia e exigirá investimento total de R$ 40 milhões. Segundo
Wanderley, as negociações
com um fundo norte-americano estão em andamento.
"Quero levar o luxo a quem
não tem poder aquisitivo", afirma Wanderley, que tem na lista
de clientes a primeira-dama,
Marisa Letícia.
Segundo ele, a intenção é
abrir 20 Studio W, que funcionarão como escolas para os
profissionais dos salões populares. Neles, o preço médio do
corte de cabelo será de R$ 40.
No Studio W, um corte não sai
por menos de R$ 150.
"Nos salões W One serão
vendidos produtos de uma linha que planejamos lançar para o público de menor renda",
diz Wanderley. "Pretendemos
distribui-la também em farmácias e supermercados."
O custo estimado para cada
franquia é de R$ 500 mil. Incluem-se aí gastos com o salão e
R$ 100 mil para ingressar no
sistema.
"A idéia é otimizar custos, já
que negociaremos com fornecedores grandes quantidades",
diz ele. "Também vamos buscar
qualidade e economia na montagem das franquias, porque
vamos manter um padrão,
usando o mesmo serviço para a
execução do piso, da iluminação e de equipamentos."
Para o público que frequenta
o Studio W, será lançada uma
linha de produtos premium.
Segundo Wanderley, as negociações estão sendo feitas com
uma empresa de Nova Jersey.
AQUISIÇÃO:
BANCO AVALIA COMO POSITIVA POSSÍVEL VENDA DA MEDIAL PARA AMIL
Rumores sobre a aquisição da Medial pela Amil voltaram a circular no mercado. A Medial estaria pedindo R$ 700 milhões, enquanto a Amil teria oferecido R$ 450 milhões. O valor de mercado
da Medial é de R$ 537 milhões. Segundo relatório do banco Fator,
a aquisição seria positiva porque as empresas têm estratégias similares e conseguirão ganhos de sinergias que resultarão em bom
retorno sobre o investimento. Além disso, a Amil tem caixa para
bancar a compra da Medial. As empresas negam as negociações.
DOR DE CABEÇA
O último paracetamol, categoria de analgésicos como o
Tylenol, produzido na Europa deslizará na esteira de uma
fábrica francesa hoje. A Rhodia, comandada por Jean-Pierre Clamadieu, decidiu fechar a fábrica do medicamento na França, informa a Bloomberg. O motivo é a
concorrência com a Índia e a China, cujos custos de produção são dois terços inferiores aos da Rhodia na França.
CHEFE
Silvio de Carvalho é o novo CFO (Chief Financial Officer) da holding Itaú Unibanco. Antes de assumir o
cargo, Carvalho era responsável pela área de Controladoria do banco Itaú e diretor-executivo da Itaú Holding Financeira. Ele também é professor da USP.
CÉLULA
A Farmacêutica Roche e o
Incor acabam de firmar uma
parceria de pesquisa com células-tronco para desenvolver uma nova metodologia
de tratamento para problemas cardíacos. Trata-se do
primeiro acordo em pesquisa básica firmado pela multinacional suíça no país.
ESCRITÓRIO
A incorporadora Yuni, em
pareceria com Even, vendeu
em 15 dias 70% das unidades
do E.Office Design, lançamento de imóveis comerciais na região da Berrini, em
SP. A empresa vai lançar outros dois empreendimentos
comerciais na região da Faria Lima, também na capital
paulista, no ano que vem.
DOAÇÃO
O Carrefour arrecadou
319 toneladas de alimentos,
água e roupas na campanha
SOS Santa Catarina.
ALÔ
Voltada à mídia digital, a
agência F.biz elevou seu faturamento em 40% em
2008 ante o ano anterior. Os
motivos foram a consolidação de 12 contas e o crescimento das campanhas via
celular. A agência fez 200
projetos na área desde 1999.
AVANÇADOS
A próxima edição da revista "Estudos Avançados", do
Instituto de Estudos Avançados da USP, será dedicada
à análise da crise econômica
e seus impactos no Brasil.
com JOANA CUNHA, MARINA GAZZONI, CRISTIANE BARBIERI (interina) e CLÁUDIA ROLLI
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