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Já pensou em se tornar acionista?

Ações da empresa concedidas a funcionários como bônus nem sempre são um bom negócio

ALINE CARRIJO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A abertura das empresas para que seus funcionários invistam em ações da companhia onde trabalham esconde um certo toma lá, dá cá.

As empregadoras tentam seduzir seus funcionários com promessas de uma receita de fim de ano mais polpuda. Porém, a verdade é que o enlace pode ter como objetivo segurar o profissional.

Para quem pode se transformar em acionista da empresa do dia para a noite, será que o risco -ou melhor, o lucro- compensa?

O pagamento de bônus a funcionários com ações da empresa, chamadas de "stock options", é uma prática bastante comum no mercado internacional.

No Brasil, empresas de capital aberto têm aderido cada vez mais a esse sistema. Para capturar um maior número de potenciais acionistas, elas reduzem as chances de perdas financeiras.

EXCLUSIVIDADE

A Natura oferece ações da empresa como benefício aos seus executivos pelo Programa de Opção de Subscrição ou Compra de Ações.

Dependendo do nível do cargo gerencial, o funcionário pode assinar um plano de opção de compra de ações com preço e prazos fixos.

No acordo, o valor estipulado para os papéis permanece inalterado por um período de até quatro anos.

Mas há uma condição: o funcionário não pode sair da empresa antes desse tempo de carência. Do contrário, perde o direito às ações com valor fixado. Em caso de valorização, o ganho é ainda maior do que o obtido pelos acionistas comuns.

Para Ney Silva, diretor de recursos humanos da Natura, a iniciativa pode estimular a permanência dos talentos na empresa, além de promover o comprometimento entre seus líderes.

"Quando o funcionário torna-se um acionista, passa a ser um sócio interessado no sucesso da companhia a médio e longo prazos", afirma o executivo.

PARA TODOS

Nem todas as empresas restringem a coparticipação aos cargos mais altos. Na Syngenta, multinacional de agronegócios, qualquer funcionário pode aderir ao sistema de compra de ações.

Lançado em 2008, o programa já atraiu 325 funcionários, o que representa 16% do quadro. O profissional pode utilizar até 1% do valor de seu rendimento anual para adquirir ações da empresa.

André Negreiros, 32, que está na Syngenta há sete anos, participa desse programa desde o lançamento. Atual gerente de marketing, ele está costumado a investir em outros tipos de ações no mercado. E diz que o programa apresenta condições atraentes em forma de bônus.

Ao comprar dez ações, por exemplo, a empresa concede mais dez ao funcionário. Assim, mesmo que o valor dos papéis caia mais da metade, o prejuízo será menor.

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