São Paulo, domingo, 01 de fevereiro de 2004

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Atestado da graduação não limita opções profissionais


Especialização abre portas para mudança de ramo de atuação


FREE-LANCE PARA A FOLHA

Humberto Luiz Britto, 44, formado em história, trabalha num banco em Salvador (BA). Rachel Uram, 42, formou-se em fisioterapia e hoje é empresária. Denizar Viana, 39, é médico e atua como professor. Os três fizeram cursos de especialização e mudaram de área sem grandes sobressaltos.
O bom profissional não deve se preocupar em seguir novos rumos, dizem especialistas. "Hoje a diversidade é tão grande que o mercado permite que se tenha uma formação diferente da área de atuação. Desde que a pessoa esteja preparada, não há problema", diz Arthur Marega, diretor da central de cursos da Faap.
O historiador Humberto Britto trabalha no Banco do Brasil há 21 anos e decidiu fazer MBA em gestão de empresas. "Gostava de história como um curioso, mas me graduei na área. A vida acabou tomando outro rumo", conta.
O desfecho foi positivo: ele terminou o curso em novembro de 2003, foi promovido, teve aumento de 70% e foi convidado para dar palestras sobre microcrédito.
Rachel Uram, fisioterapeuta, é outro caso bem-sucedido de mudança de área. Há cinco anos, abriu uma loja de relógios e virou empresária. No início, os balanços da empresa iam mal. Foi, então, aconselhada a cursar o MBA em marketing da PUC-RJ.
"Quando entrei na sala, percebi que era básico resolver o problema da loja, mas eu não estava conseguindo enxergar isso." Resultado: aumentou as vendas em 100% e descobriu novas parcerias.
Já Denizar Vianna continuou a trabalhar na área médica, mas em ramos bem diferentes. Passou de médico a gerenciador de hospital e, depois, a professor. "Despertei para um outro mundo quando fui convidado para trabalhar na área gerencial", afirma.
A mudança de Maria Carolina da Costa Hernandez, 24, foi radical. Formada em psicologia, foi trainee da Votorantim Celulose e Papel e se destacou na área de controladoria. "É um cargo que lida com estratégias, controla indicadores. Eu não tinha conhecimentos técnicos, mas fui chamada [para trabalhar na área] mesmo assim", conclui. (MP)

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