S?o Paulo, domingo, 01 de maio de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

SUA CARREIRA - CAPTADOR DE RECURSOS

Aumenta a procura por captadores

Criação de departamentos em ONGs e empresas oferece oportunidades

MARIA APARECIDA SILVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A procura por captadores de recursos -profissionais que arrecadam verbas para viabilizar projetos sociais, culturais e ambientais- tem crescido, afirmam especialistas consultados pela Folha.
"É um mercado extremamente aquecido, com muitas vagas e poucos candidatos", diz o presidente da Associação Brasileira de Captadores de Recursos, Marcelo Straviz.
"As organizações tomaram consciência da necessidade de criação do setor de captação", afirma Fernando Rossetti, secretário-geral do Gife (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas).
Há alguns anos, a tarefa de captação era realizada por profissionais com outras atribuições. Com a crescente oferta de verbas para áreas como mudanças climáticas, preservação e cultura, o setor tem se profissionalizado.
Muitos entram como free-lancers, recebendo um percentual sobre a verba captada. Mas há oportunidades como celetista em ONGs e empreendimentos sociais.
"[O profissional da área] tem por missão mostrar os impactos positivos que o investimento em determinado projeto pode trazer para a sociedade", resume a diretora de captação de recursos da agência de viagens Tritur, Mariana Freitas Pereira, 29.
"[A atividade] é um grande desafio e exige nervos de aço", explica Eduardo Machado, 54, diretor da Point Comunicação e Marketing, especializada em captação.
Segundo ele, ainda não existe uma cultura de doação no Brasil. Por isso, o profissional deve entender as necessidades e as características de possíveis parceiros, patrocinadores e doadores para alcançar resultados.
Há cinco anos atuando na área de mobilização de recursos, Samantha Federici, 36, diz acreditar que a motivação do trabalhador do setor está diretamente ligada à identificação pessoal com o projeto.
"[É preciso crer] que você está contribuindo para uma mudança acontecer", afirma ela, que é formada em marketing e coordena o departamento de captação de recursos do Greenpeace, organização sem fins lucrativos de preservação ambiental.


Texto Anterior: Folha.com
Próximo Texto: Carência de CFOs prejudica 73% dos líderes no mundo
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.