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GERAÇÃO Y
Resolução de desentendimentos exige atuação de gerência madura
Conflito de gerações no trabalho requer adaptação
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O conflito de gerações no trabalho sempre existiu, e isso não
é diferente com quem estréia
hoje no ambiente corporativo.
Sendo profissionais que exigem muito mais "feedback" dos
superiores sobre o seu desempenho, as dificuldades surgem
com os que atuam como chefes,
mas não como líderes. Essa é a
avaliação Sérgio Amad, consultor da FGV Projetos, da Fundação Getulio Vargas.
Contudo, não é por pertencerem a uma geração anterior que
os executivos mais experientes
são incapazes de se adaptarem
às práticas modernas e inovadoras dos iniciantes, diz Amad.
Esses desentendimentos intergeracionais, para a professora Célia Marcondes Ferraz,
coordenadora do Núcleo de
Gestão de Pessoas da ESPM
(Escola Superior de Propaganda e Marketing), são mais fáceis
de serem resolvidos se o gestor
é profissionalmente maduro.
"Caso contrário, é preciso
preparar a liderança para trabalhar com essa nova variável.
E os resultados serão mais efetivos do que se tentarmos mudar a cabeça da geração Y."
Já para Jacqueline Resch, diretora da consultoria Resch
RH, a convivência harmoniosa
deve ser resultado de uma
adaptação de ambas as partes.
"As empresas também precisam dessas características [da
geração Y], porque o mundo está diferente", observa Resch.
Terapia de gerações
Para Alcino Therezo Júnior,
superintendente de recursos
humanos do banco Santander,
o "sangue novo" é a aposta da
empresa para a criação de produtos diferenciados em relação
a outras instituições bancárias.
"Eles têm a cabeça mais aberta,
são menos paradigmáticos."
A porta de entrada para começarem a carreira no banco
são os programas de trainee.
Para equacionar divergências,
tanto os jovens funcionários
como os seus superiores passam por sessões de "coaching".
"Informamos os gestores
mais velhos sobre como essas
cabecinhas brilhantes funcionam", brinca Therezo Júnior.
Na HP, não há tratamento diferenciado entre os funcionários de gerações diferentes,
conta Jair Pianucci, diretor de
recursos humanos da fabricante de produtos de informática.
O executivo considera que é
mais importante ter um ambiente que abrigue a diversidade do que "criar silos comunitários dentro da empresa".
"Hoje o mundo corporativo
aprendeu a conviver com todas
as idades juntas. Os profissionais de 60 anos ainda estão trabalhando, enquanto os de 20
estão chegando para construir
seu futuro dentro das corporações", comenta Pianucci.
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