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recursos humanos
Cresce oferta de tecnologia como benefício a empregado
Celular que acessa e-mail pode significar sobrecarga fora do expediente
MARIANA IWAKURA
DA REPORTAGEM LOCAL
Equipamentos portáteis como notebooks, celulares e
"smartphones" são objetos vistos com cada vez mais freqüência nas mãos de executivos.
Segundo pesquisa de benefícios de 2007 da consultoria
Hewitt Associates, 82% das
empresas brasileiras oferecem
telefone celular a funcionários
com atividades que demandem
o equipamento. Quanto ao notebook, 23% delas fornecem.
E esse índice tem crescido.
Quando se trata de cargos de diretoria, 70% receberam aparelhos celulares em 2002, de
acordo com a Hay Group. Hoje,
86% contam com o benefício.
Os "smartphones", que têm
funções de telefone, acesso a
e-mail e agenda, ainda não podem ser distinguidos nas pesquisas. Mas eles já são febre
entre muitos executivos.
Serviço extra
Apesar de agilizar alguns aspectos do trabalho, esses aparelhos podem trazer um problema: a extensão do tempo dedicado ao trabalho, com leitura e
resposta de mensagens de serviço em horários de descanso.
Marco Roque, 51, gerente geral para a América Latina da UL
do Brasil, é "fã número um" da
mobilidade do seu "smartphone", mas teve de aprender a policiar seu uso. "No início, tinha
o péssimo vício de ver e-mails a
cada cinco minutos", conta.
No Grupo Titanium, "smartphones" só são fornecidos depois de avaliação psicológica.
"São ofertados a quem tem
necessidade e discernimento
para usá-los", explica o diretor-presidente, Carlos Mancusi.
Para evitar excessos, a empresa pode treinar o profissional para configurar o aparelho
de acordo com sua preferência.
"O treinamento deve servir
para que o empregado se torne
mais produtivo nas horas em
que é pago para trabalhar", diz
Paulo Kretly, presidente da
consultoria FranklinCovey.
Kretly aprendeu, depois de
um mês com o aparelho, que
podia configurá-lo para não
emitir som a cada e-mail recebido. "Eu que decido quando
leio mensagens", ensina.
A VeriSign aposta no autocontrole dos funcionários.
"Quem não quer ler e-mail fora
do trabalho deixa o aparelho
"offline" [desligado]. As mensagens ficam armazenadas",
pontua Paulo dos Santos, especialista em RH da empresa.
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