São Paulo, domingo, 02 de setembro de 2007

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recursos humanos

Cresce oferta de tecnologia como benefício a empregado

Celular que acessa e-mail pode significar sobrecarga fora do expediente

MARIANA IWAKURA
DA REPORTAGEM LOCAL

Equipamentos portáteis como notebooks, celulares e "smartphones" são objetos vistos com cada vez mais freqüência nas mãos de executivos.
Segundo pesquisa de benefícios de 2007 da consultoria Hewitt Associates, 82% das empresas brasileiras oferecem telefone celular a funcionários com atividades que demandem o equipamento. Quanto ao notebook, 23% delas fornecem.
E esse índice tem crescido. Quando se trata de cargos de diretoria, 70% receberam aparelhos celulares em 2002, de acordo com a Hay Group. Hoje, 86% contam com o benefício.
Os "smartphones", que têm funções de telefone, acesso a e-mail e agenda, ainda não podem ser distinguidos nas pesquisas. Mas eles já são febre entre muitos executivos.

Serviço extra
Apesar de agilizar alguns aspectos do trabalho, esses aparelhos podem trazer um problema: a extensão do tempo dedicado ao trabalho, com leitura e resposta de mensagens de serviço em horários de descanso.
Marco Roque, 51, gerente geral para a América Latina da UL do Brasil, é "fã número um" da mobilidade do seu "smartphone", mas teve de aprender a policiar seu uso. "No início, tinha o péssimo vício de ver e-mails a cada cinco minutos", conta.
No Grupo Titanium, "smartphones" só são fornecidos depois de avaliação psicológica. "São ofertados a quem tem necessidade e discernimento para usá-los", explica o diretor-presidente, Carlos Mancusi.
Para evitar excessos, a empresa pode treinar o profissional para configurar o aparelho de acordo com sua preferência.
"O treinamento deve servir para que o empregado se torne mais produtivo nas horas em que é pago para trabalhar", diz Paulo Kretly, presidente da consultoria FranklinCovey.
Kretly aprendeu, depois de um mês com o aparelho, que podia configurá-lo para não emitir som a cada e-mail recebido. "Eu que decido quando leio mensagens", ensina.
A VeriSign aposta no autocontrole dos funcionários. "Quem não quer ler e-mail fora do trabalho deixa o aparelho "offline" [desligado]. As mensagens ficam armazenadas", pontua Paulo dos Santos, especialista em RH da empresa.


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