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São Paulo, domingo, 02 de novembro de 2003

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NOVA DIREÇÃO

Em 2020, redes interligarão os trabalhadores

JAMES WRIGHT
ESPECIAL PARA A FOLHA

O ano é 2020. João acorda cedo, leva o filho para a escola e se acomoda em um terminal de rede para trabalhar. Com 37 anos, nunca teve um emprego, mas planeja trabalhar de cinco a seis horas hoje, tocando um projeto do ponto em que seu atual parceiro, o indiano Singh, o deixou quando foi se deitar há pouco, no Sri Lanka.
Os dois foram contratados dentro de um sistema de organização não-hierárquica que se tornou popular em 2020. Sem ter um comando central, as companhias se articulam pela inter-relação de especialistas técnicos superatualizados e novos "engenheiros do conhecimento".
Este pequeno cenário de um dia em 2020 ilustra algumas transformações que veremos nos países, nas organizações e na economia. As empresas tradicionais serão em grande parte substituídas por organizações não-hierarquizadas, nas quais cada nó da rede é um especialista que agrega valor ao negócio coletivo durante a duração de um projeto.
A inovação, a aprendizagem internacional, o estudo, o trabalho social e o aproveitamento do lazer serão atos economicamente valorizados em escala crescente.
Produtos e serviços serão cada vez mais oferecidos e consumidos. A população ainda crescerá por mais de 50 anos, e a busca de padrões sustentáveis de consumo de massa com qualidade será a mola mestra do crescimento dos negócios.


James Wright, 52, é professor da FEA-USP e coordenador do Programa de Estudos do Futuro da FIA (www.fia.com.br/profuturo)


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