TAÍS LAPORTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quando terminar o curso de ciências das atividades físicas na USP, em dezembro deste ano, a estagiária da Secretaria Municipal de Esportes Lucilene Rodrigues da Silva, 22, terá de procurar outra ocupação.
A regra vale para quem faz estágio no Executivo ou no Judiciário: as vagas não têm prorrogação após a formatura. Para permanecer no órgão, o ex-estagiário deve prestar concurso público.
Uma opção para Silva será tentar uma vaga temporária. "Se não der certo, vou prestar concurso", planeja.
Como ela, Bárbara Gotardo, 22, quer continuar na Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente depois de se formar em medicina veterinária.
Ela já estuda para concursos do órgão. "Participei de um para sentir o grau de dificuldade."
"Ter estagiado no órgão em que se presta o concurso facilita a aprovação", avalia Eduardo Oliveira, superintendente de operações do Ciee (Centro de Integração Empresa-Escola).
Essa é a mesma opinião da diretora de políticas sociais da Fundap (Fundação do Desenvolvimento Administrativo), Vera Cabral, que cuida dos estágios do governo estadual.
"O ex-estagiário tem melhores condições sobre os demais candidatos por conhecer o órgão e ter a experiência como diferencial", considera.

Mudança de gestão
Quando se alteram os gestores públicos, o quadro de funcionários não-concursados pode sofrer alterações. Novos ministros e secretários costumam trocar equipes inteiras.
Mas os estagiários permanecem, explica a coordenadora de estágios da Prefeitura de São Paulo, Lizete Mitue Iza Trindade. "Há um contrato mínimo de um ano que não pode ser quebrado", afirma.
Alessandreus Antonio Ruiz, 19, continuará o estágio de informática na Secretaria Municipal de Saúde. Com o término do contrato, em agosto de 2009, ele pretende procurar uma vaga no setor privado. "Essas empresas oferecem mais chances de crescer."

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