S?o Paulo, domingo, 03 de abril de 2011

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Empresas se despedem da geração "baby boomer"

Companhias se redesenham com menos hierarquia e carreiras meteóricas

Moacyr Lopes Junior/Folhapress
O consultor Osmar Bergamaschi, em seu escritório em SP

MARCOS DE VASCONCELLOS
DE SÃO PAULO

Em 2011 inicia-se uma década de mudanças intensas na organização das empresas. Neste ano, os primeiros "baby boomers" -nascidos no pós-guerra, entre 1956 e 1964- completam 65 anos e começam a se aposentar.
Os representantes dessa geração cresceram e ingressaram no mercado no período em que o Brasil vivia uma ditadura militar. Não apenas aqui, mas em boa parte do mundo, esses trabalhadores se acostumaram a seguir estruturas hierárquicas rígidas.
"São pessoas que têm como princípio "vestir a camisa" da empresa", explica Irene Azevedo, professora da Brazilian Business School.
As gerações seguintes, denominadas X, de nascidos de 1965 a 1977, e Y, de nascidos de 1978 a 2000, se preocupam mais com o ambiente de trabalho e com o crescimento imediato na carreira.
A saída dos "baby boomers" promove agora uma alteração mais intensa na estrutura das empresas -que passam, entre outros fatores, a ser menos austeras.
Ao perceber reestruturações na multinacional em que trabalhou por 21 anos, Osmar Bergamaschi, 62, largou o emprego como diretor. Passou a se dedicar a consultorias e à propriedade rural.
"Quando entrei na empresa, havia sensação e perspectiva de crescer e terminar a carreira nela. Quando saí, não havia preocupação em reter o empregado por muito tempo, mas, sim, em ter executivos com mais energia e menos profundidade."


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