São Paulo, domingo, 03 de outubro de 2004

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Preocupação com a beleza alimenta mercado

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Há dois anos, a fisioterapeuta Elenise Pereira da Cunha, 49, mudou a forma de encarar sua profissão. Quando deixou seus pacientes amputados para trabalhar com estética, achou que faria um trabalho "desnecessário".
"Mas percebi que o fisioterapeuta não precisa estar sempre ligado à patologia. Os aparelhos usados nas clínicas são os mesmos que usamos na faculdade", explica ela, hoje supervisora de procedimentos da Le Ru. A mudança fez com que seu salário engordasse em quatro vezes.
"As faculdades de fisioterapia já perceberam o filão e estão incluindo a estética em seus currículos, mas o exercício não é restrito a essa formação. Em dez anos, todo mundo vai ter seu esteticista, como hoje tem a manicure."
Doris Hexsel, coordenadora do departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, concorda: "O profissional de estética sempre terá mercado, as pessoas estão mais atentas à qualidade de vida".
Mas é preciso definir a carreira de acordo com os procedimentos que se deseje fazer. "O esteticista pode trabalhar no embelezamento da pele por meio de processos limitados, como massagens e limpezas da pele, mas não pode aplicar peelings nem lançar mão do botox [técnicas de aplicação exclusiva dos médicos dermatologistas]", diz ela.
Já o dermatologista, cuja formação exige cerca de dez anos de estudo, tem rendimento mais promissor por ser o único habilitado a aplicar tratamentos específicos. "É um profissional que se atualiza, é observador de detalhes", finaliza Hexsel, da Sociedade Brasileira de Dermatologia.


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