São Paulo, domingo, 03 de novembro de 2002

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VIAGEM PRODUTIVA

Para agregar valor ao currículo, é preciso domínio da língua estrangeira e escolha criteriosa da instituição

Turbine carreira e idioma nas férias

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Nem profissionais bem-sucedidos, com nível avançado em um idioma estrangeiro, podem se dar ao luxo de parar de estudar. O risco é se desatualizarem na carreira e perderem a fluência.
Mas, para esses trabalhadores qualificados, é um desestímulo viajar ao exterior e enfrentar aulas maçantes de gramática, em salas cheias de adolescentes.
A saída é fazer um curso lá fora ligado à profissão. Isso permite praticar o idioma em um patamar superior, turbinar a carreira e, ainda, agregar alguma boa grife internacional ao currículo.
A Folha ouviu acadêmicos e profissionais para elaborar uma lista inédita com 40 cursos de aperfeiçoamento profissional.
Os programas (com duração de até um mês) referem-se às dez carreiras mais procuradas no vestibular deste ano das três universidades públicas de São Paulo: administração, ciências biológicas, computação, direito, engenharia elétrica, jornalismo, letras, medicina, publicidade e propaganda e relações internacionais.

Empurrão
Segundo professores de idiomas e consultores ouvidos pela Folha, quanto maior a duração dos cursos no exterior, melhor. Mas, se não há tempo ou dinheiro disponíveis, os programas mais enxutos dão um bom empurrão.
"Há quem não possa deixar o cargo por muito tempo, e um curso intensivo é o melhor", diz Ulisses Zago, da consultoria Genesis.
A diretora do Programa de Linguística Aplicada da PUC-SP, Maria Antonieta Felani, afirma que cursos nesses moldes representam um ganho efetivo na fluência de uma língua, pois o vocabulário é o do contexto real do estudante.
A melhora, no entanto, só acontece se o aluno tiver nível para acompanhar o programa. Do contrário, o resultado pode ser desgastante e ainda frustrá-lo.
Mais importante do que a duração, porém, é a qualidade. Acertar nesse ponto é o maior desafio. Para encontrar boas instituições, é preciso procurar em bibliotecas, órgãos de cooperação internacional e internet ou contar com a indicação de especialistas.
(FLÁVIA MARREIRO)


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