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Resistência é maior na área de saúde
Cursos como gerontologia enfrentam a não aceitação dos colegas de trabalho, afirmam alunos e professores
DE SÃO PAULO
Nos cursos multidisciplinares relacionados à área de
saúde, as dificuldades de
conseguir emprego ao se formar são maiores, segundo
alunos e professores da USP
Leste ouvidos pela Folha.
A justificativa é que esses
profissionais são vistos como
concorrentes pelos colegas
em funções tradicionais.
Os professores, contudo,
ressaltam que a intenção da
universidade é formar pessoas que trabalhem com
equipes multidisciplinares.
Os graduados em gerontologia, que acompanham o
processo de envelhecimento
e são capazes de gerir políticas públicas para idosos, conhecem bem essa situação.
Recém-formados e professores da área avaliam que a
aceitação da carreira é baixa.
Uma razão é a resistência de
enfermeiros e médicos que
desconhecem a profissão.
"A sociedade é preconceituosa e ainda não proporciona oportunidades", reclama
Adriana Ruiz, 23, que se formou no ano passado e ainda
está à procura de emprego.
Profissionais de ciências
da atividade física que buscam emprego em áreas
da saúde também se queixam de que sua atuação é
confundida com a de médicos e a de fisioterapeutas.
"Não temos o mesmo treinamento que eles têm. A intenção é compor uma equipe", afirma Felipe Vieira, 23,
que se formou em 2009 e não
trabalha na área atualmente.
BAIXA REMUNERAÇÃO
Entre formados em lazer e
turismo, a reclamação não é
de falta de vagas, mas, sim,
de ofertas com salário e qualificação inferiores -como
cargos de atendentes de
hotéis e agências de turismo
ou funções operacionais em
companhias aéreas.
Para contornar a situação,
Bruna Cirelli, 24, formada em
2009, trabalha em uma empresa de eventos. "Estou investindo em pós-graduação
em gestão e marketing."
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