LIA REGINA ABBUD
da Reportagem Local

Como agir diante da sensação de que o trabalho acumulado nunca vai acabar e que, ao sair do escritório, todos os dias, horas depois do fim do expediente, ainda vai deixar a agenda cheia de pendências?
Que a carga de trabalho aumentou, em função do enxugamento dos quadros das empresas, não é novidade. Portanto, enquanto há dez anos um funcionário fazia apenas o seu trabalho, hoje ele acumula funções dele e de outros.
Disso os profissionais já sabem. Mas há trabalho que excede, ainda, essas novas expectativas. Nessa situação, a princípio, existem duas soluções. Uma, no caso de ser apenas uma sensação de trabalho infindável, e a outra, no caso de o trabalho realmente não ter fim.
Na primeira situação, o problema pode ser uma questão de má administração do tempo.
Entre os fatores a serem analisados, o profissional deve checar se está delegando tarefas suficientemente, deve aprender a dizer não para algumas requisições e saber hierarquizar tarefas.
"As circunstâncias do dia acabam dirigindo nosso tempo, mas é preciso saber quais as prioridades", afirma Marcelo Mariaca, 53, sócio da Mariaca & Associates.
² Caos e divisão
Se, mesmo detectando e solucionando os problemas, o excesso de trabalho persistir, a culpa pode não ser do funcionário.
"A empresa pode não estar planejando bem a divisão das tarefas. É importante que ele peça ajuda e mostre soluções, sem ficar apenas criticando", aconselha.
Para Yara de Carvalho, 38, da LTM Consultores Associados, a situação deve ser bem avaliada antes de ser levada à chefia. O ideal é esperar alguns meses para verificar se não é um caos momentâneo.
"Quem coloca limites de horário pode estar correndo riscos de perder o emprego", diz.
Para apontar o problema, o profissional deve ir às reuniões com argumentos para provar que o problema não é de rendimento, mas de excesso de trabalho.
Aí é possível negociar um novo integrante na equipe ou um au mento nos prazos de entrega.



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