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São Paulo, domingo, 07 de dezembro de 2003

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EXPEDIENTE

Estagiários pedem "tarefas educativas"

Roberto Assunção/Folha Imagem
Ana Cecília passou dois meses pedindo tarefas no estágio


FREE-LANCE PARA A FOLHA

A estudante Ana Cecília Bugano de Amorim, 20, está deixando o estágio que iniciou em junho no banco Itaú. "Não sobra tempo para aprender algo novo", relata, "pois as tarefas operacionais exigem muito".
Aluna da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas, ela julga proveitoso o período que passou na empresa. "Aprendi bastante sobre como alocar receita em banco, calcular bônus e montar demonstrativos de resultados. É muito mais complexo que o conteúdo que aprendemos na aula." Contudo, quando a curva de aproveitamento das tarefas entrou em declínio, ela se sentiu desmotivada. "Agora, vou aproveitar as férias. E, no ano que vem, procurar outro estágio", planeja.
Antes, ela havia feito estágio na Rhodia, de onde saiu porque a chefe não tinha tempo para monitorá-la. "Fiquei dois meses pedindo serviço. Achei melhor pedir demissão."
Apesar disso, a estudante entende que o estágio é fundamental para verificar afinidades com a carreira escolhida.
Alexandre Lima Passarello, 18, aluno de um curso técnico de informática, estagiou como operador de telemarketing na época em que ainda cursava o ensino médio regular.
"Mas eu era menor de 15 anos e não podia ser contratado", conta, acrescentando que não se sentia explorado. "Eu chegava a ganhar R$ 600 para trabalhar seis horas."
Além disso, afirma, ganhou experiência que foi útil nos anos seguintes: "Com a lábia que ganhei vendendo cartões, consegui trabalhar em uma loja de jóias mais tarde".



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