S?o Paulo, domingo, 09 de outubro de 2011

Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Jornada de executivos tem alta com cenário instável

Turbulência internacional exige mais tempo para tomada de decisões

Neco Varella/Folhapress
Alan Birck, que trabalhava 18h, em seu escritório

FELIPE GUTIERREZ
DE SÃO PAULO

Redução de 17% na criação de postos de trabalho e tensão no cenário econômico. A instabilidade que ronda o mercado hoje tem influência direta na agenda de executivos: jornadas mais extensas, segundo especialistas consultados pela Folha.
Em tempos de turbulência, as tarefas invadem os fins de semana, e os profissionais ficam até mais tarde no escritório, diz Betania Tanure, professora da PUC-MG (Pontifícia Universidade Católica).
Segundo o professor da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas) Roberto Heloani, três fatores ajudam a esclarecer a ampliação dos horários.
Dois deles são medo de demissão -muitos estendem as horas propositalmente- e redução de pessoal. "É lógica aritmética: cortam-se postos, mas o trabalho não diminui.''
O terceiro é o tempo exigido para a tomada de decisões. É o que acontece com o analista Mário Saldanha, 34, da corretora Cedro.
Os mercados têm oscilado -e ele usa os fins de semana para manter-se informado.
O gerente de vendas da RGIS Alan Birck, 32, chegou a ter problemas de saúde por excesso de horas no trabalho.
Há três anos, assumiu uma gerência operacional e passou a trabalhar até 18 horas por dia -antes eram 12.
Separou-se, teve gastrite e precisou se afastar por 15 dias. Na volta, mudou de setor e passou a gerir o tempo. "Sou mais produtivo, mesmo trabalhando oito horas", diz.



Próximo Texto: Insatisfação de mulheres é maior
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.