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EXECUTIVOS EM ALTA
Busca por executivos duplicou em 2007
Houve 102% mais vagas do que em 2006, diz consultoria
MARIANA IWAKURA
DA REPORTAGEM LOCAL
A movimentação dos executivos foi alta em 2007. Acompanhando o aquecimento de
diversos setores da economia
do Brasil, vagas foram criadas, e
postos já existentes foram ocupados por novos profissionais.
É o que aponta o balanço
completo do ano efetuado pela
consultoria DBM e obtido com
exclusividade pela Folha. O
número de posições captadas
teve um acréscimo de 102% em
relação ao ano anterior: passou
de 7.156, em 2006, para 14.468.
O estudo considerou a procura por executivos (chefia intermediária, gerência, diretoria, CEOs e conselheiros de administração) em sites, anúncios, processos de busca e vagas
captadas pela DBM. Representa principalmente os Estados
de São Paulo e Rio de Janeiro.
Segundo Cláudio Garcia, diretor de relacionamento da
DBM, entre os motivos do
aquecimento do mercado para
esses profissionais estão o
crescimento econômico do
país e a profissionalização de
empresas antes familiares.
"Os IPOs [oferta pública inicial de ações] e a profissionalização geraram a necessidade
da troca de executivos. Contribuíram também o crescimento
das empresas e a maior confiança nos investimentos no
Brasil", enumera Garcia.
O segmento que mais teve
aumento na movimentação foi
o de indústria, embalagem, papel e usina (leia mais na pág. 3).
O aquecimento é confirmado
por "headhunters". "Esse mercado teve em 2007 o melhor
dos últimos cinco anos", diz
Luiz Carlos Cabrera, professor
da FGV-Eaesp (Escola de Administração de Empresas de
São Paulo, da Fundação Getulio Vargas) e "headhunter" que
trabalha com executivos de nível de diretoria para cima.
Bom para profissionais como
o economista Carlos Ronaldo
Ferreira, 45, que, por meio do
contato com um "headhunter",
deixou o setor financeiro para
ser diretor do departamento
comercial da seguradora AGF.
"Saí de um mercado que
cresce, o de produtos bancários
para pequenas e médias empresas, e fui para outra área
que está crescendo, a de seguros", explica o executivo.
Ritmo mantido
Para o início deste ano, Cabrera prevê um ritmo de contratação igual ao de 2007. "Ainda há uma demanda acelerada."
Algumas empresas, contudo,
devem diminuir o ritmo devido
à crise nos Estados Unidos,
alerta Garcia. Além disso, pode
haver escassez de profissionais
qualificados em áreas como
construção civil. "E executivos
com inglês fluente", aponta.
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