São Paulo, domingo, 10 de fevereiro de 2008

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EXECUTIVOS EM ALTA

Indústria teve maior aumento nas contratações

Setor liderou número de vagas, junto com o de serviços e seguros

DA REPORTAGEM LOCAL

O segmento que inclui indústria, embalagem, papel e usina foi o que mais teve aumento nas contratações, em relação às demais áreas da economia.
Em 2006, o setor representou 12% do total das posições. Já no ano passado, subiu para 16%, segundo a consultoria DBM. Com esse número, a indústria alcançou o segmento de serviços e seguros, que também ficou com 16% das vagas.
José Castilho de Lima Júnior, 40, é um dos executivos que partiram para a indústria. Foi de uma grande rede de supermercados para a Goodyear (pneus), como gerente de tecnologia para a América Latina.
No novo emprego, saiu do escritório e passou a ter mais contato com o ambiente fabril. "Seguimos o ritmo da fábrica e compartilhamos o refeitório com os funcionários de lá."
Apesar do menor glamour, Lima Júnior festeja a maior qualidade de vida -antes, trabalhava por 14 horas diárias. Hoje, diz deixar a fábrica junto com os operários, às 17h.
Na Cummins, indústria que produz motores e geradores de energia, houve aumento do pessoal em 2007. Segundo o diretor de recursos humanos, Roberto Torres, para a área industrial, a empresa procurou profissionais com experiência em processos industriais -e uma boa dose de liderança.
"Não adianta ser somente um ótimo técnico. O importante é a flexibilidade para atuar como líder", pontua Torres.
Emerson Baptista, 35, engenheiro com MBA em gestão de negócios, foi contratado como supervisor de vendas de uma unidade recém-criada.
Com inglês e espanhol fluentes, ele tem a possibilidade de trabalhar nos Estados Unidos. "Na contratação, contaram a experiência, os idiomas e a liderança na entrevista", diz.

"Excepcional"
"Os setores industriais tiveram um ano excepcional. O que mais movimentou foi energia, que inclui açúcar e álcool, área que contratou para novos "players" do mercado'", aponta Luiz Carlos Cabrera, da FGV-Eaesp.
Para Gerson Correia, sócio da Talent Solution, empresa que faz recrutamento e seleção de executivos, o ano passado foi bom para todos os segmentos, com destaque para a área financeira e para alguns setores relacionados ao consumo.
"O segmento foi bem por causa do aumento nas compras de produtos voltados às classes média e média baixa", afirma.
Ele ressalta que a procura por executivos de relações com investidores foi grande. "Buscamos alguns durante o ano e foi difícil encontrá-los. Continuo procurando gente", conta.
Segundo a DBM, a área de informática e telecomunicação teve 8% das oportunidades em 2007, e consumo e cosmético ficaram com 6% das vagas no ano. Os setores de bens de capital, comunicação e eletrônica ficaram no final da lista, com 1% cada um. (MI)


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