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CORPO QUE FALA
Análise de reações corporais é útil em ambiente de trabalho
Linguagem não verbal pode mostrar desconforto ou satisfação do interlocutor em reuniões e entrevistas
CHIAKI KAREN TADA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Um mero erguer de sobrancelhas ou um enrugar dos
lábios significam mais do que
uma ação involuntária. Podem
demonstrar se o interlocutor
gosta ou não do que está ouvindo -informação útil em situações profissionais.
Mais da metade do impacto
das mensagens vem dos sinais
não verbais, afirma a especialista em comportamento social
e comunicação Judi James no
livro "Linguagem Corporal no
Trabalho - Como Usar os Sinais
Não-Verbais para Alavancar
Sua Carreira", da editora Best
Seller (336 págs., R$ 34,90).
Parecer interessado na conversa e evitar gestos que indiquem desconforto, diz James,
ajuda quem quer se projetar no
trabalho, pois transmite segurança e atenção (veja quadros
baseados no livro de James
nesta e na próxima páginas).
Boa parte dos gestos é inconsciente -quem rói a unha
de nervosismo ou tamborila os
dedos porque quer terminar a
conversa faz isso sem perceber.
Empatia
De forma sutil, a linguagem
do corpo ajuda a perceber se o
colega está distraído. E os outros também notam se o profissional está confiante ou se quer
se esconder debaixo da mesa.
Esse tipo de conhecimento
atrai quem precisa lidar com
clientes e equipes internas,
criando empatia com eles para
que a conversa possa fluir.
Sérgio Ribeiro da Cruz, 32,
gerente de relacionamento da
Medical Systems (soluções em
tecnologia da informação para
a área de diagnósticos médicos), resolveu estudar técnicas
para melhorar fala e expressão
depois de perceber, durante
uma apresentação, que havia
pessoas desatentas.
Em um curso feito no Instituto Cláudio Ayabe, aprendeu,
junto com técnicas para melhorar a fala, que era preciso olhar
nos olhos dos espectadores,
movimentar as mãos sem ser
espalhafatoso e andar pelo
palco, "[mas] sem parecer uma
bolinha de pingue-pongue".
Ele pratica a comunicação
não verbal também com colegas e superiores. "Se falo algo
que merece um sorriso como
resposta, é um bom sinal."
A empresária Marie Claire
Bijoux, 32, que trabalha com
produtos de inox para cozinha,
foi atrás de dicas para melhorar
a comunicação nos negócios e
fez um curso na SBPNL (Sociedade Brasileira de Programação Neurolínguística).
Além de reparar no tom de
voz, atenta no movimento dos
olhos, na postura e nos gestos
do interlocutor, para se ajustar.
"Abrir uma negociação [com
o cliente] é o principal."
Para que o profissional obtenha melhoras na sua linguagem
corporal, Judi James sugere
que a pessoa realize uma autoavaliação -desde o jeito do corpo até a expressão do rosto
quando não está fazendo nada.
A partir dessas mensagens,
sugere a autora, ele pode trabalhar a imagem que quer passar.
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