São Paulo, domingo, 11 de fevereiro de 2007

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em depressão

"Chorava por ter que ir ao meu trabalho"

DA REPORTAGEM LOCAL

A analista de exportação Carmen (nome fictício), 41, está em seu quarto afastamento do trabalho em sete anos. Distante das atividades profissionais há dez meses por depressão severa, ela diz que já ouviu da empresa que será demitida assim que retornar.
Segundo conta, teve as gavetas arrombadas por sua gerente e o conteúdo posto à disposição do RH.
Apesar de ter sido vítima de assédios moral e sexual no ambiente de trabalho -que, alega, provocou-lhe LER/Dort e transtornos mentais, Carmen não obteve a CAT da empresa e hoje tenta prorrogar o benefício previdenciário.
Dos quatro afastamentos, apenas o terceiro teve a CAT emitida, por LER/ Dort, mas o retorno ao trabalho após um ano foi cercado de preconceito e agressão, agravando, diz ela, o quadro depressivo. "Eu chorava todos os dias e tremia dos pés à cabeça por ter de ir ao trabalho."
Hoje, Carmen aguarda para abril perícia médica que autorize a prorrogação do benefício. Está sem receber o auxílio-doença desde dezembro. (AR)


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