São Paulo, domingo, 11 de outubro de 1998

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SELEÇÃO
EUA já ensinam técnicas para currículo eletrônico
Palavra-chave evita rejeição por scanner

da Reportagem Local

Com a seleção informatizada, resta aos candidatos procurar se adaptar às mudanças. Para passar ileso pelo escaneamento de currículos, um caminho é usar a objetividade e algumas técnicas especiais (veja quadro abaixo).
A estratégia recomendada é entender a nova forma de seleção e imaginar o que os selecionadores querem encontrar nos currículos.
Como o processo inclui buscas para captar palavras-chave, como "liderança", nos documentos, é importante usar os termos certos. Um sinônimo, às vezes, pode até fazer o currículo ser descartado.
Apesar de o processo ser pouco conhecido no Brasil, a utilização do scanner na seleção de candidatos nos EUA passou a ser comum nos últimos três anos.

Aula sobre scanner
Barbara Limmer, diretora de gerenciamento de carreira de Thunderbird - The American Graduate School of International Management, no Arizona (EUA), já adotou, no programa para os alunos de MBA (pós-graduação em administração), uma palestra sobre como criar um currículo escaneável.
"Fazemos isso para que eles possam se preparar para disputar vagas nas melhores empresas", diz.
Para ela, o método facilita o trabalho das grandes companhias. "Elas recebem milhares de currículos e não têm funcionários para ler e encaminhar tudo isso."
A objetividade do processo, na opinião dela, é o que o torna justo. "As empresas especificam o que é importante e incluem isso na busca. Só deixam de lado dados que não influenciariam na escolha."
Segundo ela, outro ponto favorável é que os candidatos podem ter seus currículos procurados por várias filiais da empresa, para cargos diferentes e em épocas diversas.
O brasileiro Fabio D'Ascola, 26, que faz MBA em Thunderbird, é um dos alunos que já frequentaram palestras com profissionais de RH sobre a importância de dar ênfase a palavras-chave.
"Meu currículo atual é mais direto que o anterior. Ficou mais profissional e menos subjetivo."
O peruano Cesar Valencia, 28, que também estuda em Thunderbird, considera o processo uma solução imperfeita. "Não é muito justo, mas é o que as melhores empresas estão usando hoje."



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