EDSON VALENTE
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O fim de ano e as férias de verão esquentam o mercado de trabalho temporário, que pode ser aproveitado por quem está desempregado, quer ganhar experiência ou um dinheiro a mais. Alguns processos de seleção já começaram, mas a maioria se inicia a partir desta semana.
Há lugares para vendedores, estoquistas, monitores de recreação para acampamentos e parques temáticos, promotores de vendas e agentes de viagem, entre outros.
A maior parte dos cargos exige ensino médio completo e desenvoltura no relacionamento com o público. Pode ser necessário ter experiência. A Folha levantou 50 mil vagas disponíveis no país todo.

Promoções
Adriana Arienti, diretora comercial da Gelre Trabalho Temporário, que abrirá até novembro entre 15 mil e 18 mil vagas, argumenta que um importante fator de absorção de mão-de-obra são as promoções feitas nos pontos-de-venda, como demonstração e degustação de produtos.
As exigências na contratação desses profissionais têm aumentado. "Quem demonstra um produto tem de ter um perfil relacionado com o público-alvo", explica a diretora da Gelre. "Uma marca voltada para o consumidor jovem vai empregar gente também de pouca idade", exemplifica. "Há uma grande preocupação com a imagem a ser passada."
Nos shopping centers, espera-se a geração de um número de vagas temporárias próximo ao do ano passado nesse período. Serão abertos cerca de 35 mil postos, segundo Nabil Sahyoun, presidente da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping).
Para quem estuda, o trabalho temporário pode ser a chance de atuar na área e aprender na prática. Esse é o caso de Victor Menegazzi, 18, que cursa o primeiro ano de educação física e exerce a função de salva-vidas no parque temático Wet'n Wild.
"O valor de bolsa-auxílio de um estágio é muito baixo", conta ele. No trabalho de férias, Menegazzi tem garantidos benefícios como seguro de vida e cesta básica.



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