São Paulo, domingo, 13 de outubro de 2002

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Aumentam as possibilidades de efetivação

Mauricio Piffer/Folha Imagem
A digitadora Laira Santos, que pretende ser monitora nestas férias para ganhar um dinheiro extra


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A esperança de ser contratado aumenta para quem vai começar um trabalho temporário. A expectativa é da Asserttem (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário).
Segundo o presidente da associação, Ermínio Alves Neto, 50, a porcentagem de temporários efetivados no ano passado foi de cerca de 30%. "Ao longo de 2002 já chegou a 40%, e deve atingir 50% neste final de ano", calcula.
Em contrapartida, Alves Neto alerta: o trabalhador temporário com registro em carteira tem perdido espaço para a informalidade -admissão temporária sem nenhum contrato. Ou seja, percentualmente mais trabalhadores serão recrutados, mas em números absolutos haverá menos vagas regularizadas.
Em dezembro, a contratação de trabalhadores temporários formais cresce em média 15% em relação aos outros meses. Neste ano, segundo pesquisa da Asserttem, a percentagem deve cair para 11%. De qualquer forma, esse número corresponde a cerca de 88 mil postos.
A conjuntura política ajuda a paralisar o mercado. "Tudo está meio parado antes da definição das eleições", afirma Neto.

Na reta final
Uma outra característica do mercado de final de ano são as vagas que surgem de última hora. "As contratações serão intensificadas poucos dias antes do Natal", estima Carla Elage, da Cels Consultoria em Vendas.
Profissionais com experiência em trabalho temporário percebem mais dificuldades para achar um lugar. Lidiane da Silva, 23, que possui ensino médio completo, mas não cursou faculdade, costuma trabalhar com promoções na ausência de um emprego fixo.
Há cerca de dez dias, conseguiu um posto na Maritel (fabricante de brinquedos), que contrata temporários para o Dia das Crianças e para o Natal.
"O mercado está muito competitivo. Em outros anos, havia mais oportunidades, e as empresas pagavam bem mais", diz.



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