São Paulo, Domingo, 14 de Fevereiro de 1999
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Atletas ficam fora de festas e badalações

da Reportagem Local

Ganhar a vida jogando bola talvez seja uma das profissões mais almejadas por quem trabalha trancado em um escritório.
Além de unir o útil ao agradável -para quem gosta de futebol-, a profissão ganhou ídolos e glamour com os altos salários.
Rogério Ceni, 26, goleiro do São Paulo e da seleção brasileira, diz que, apesar de o esporte proporcionar satisfação, é muito difícil se manter na lista dos melhores.
Além das cobranças frequentes com o preparo físico e o desempenho, é necessário manter uma disciplina bastante rígida para garantir os cerca de R$ 20 mil mensais que recebe de salário.
Segundo ele, para quem está acostumado a sair à noite e aproveitar as badalações, a vida de jogador de futebol seria uma tortura.
"Sair uma vez a cada dez dias é possível, mas aproveitar todas as noitadas acaba com a carreira do profissional", explica.
Além disso, há o problema das concentrações -período que antecede os jogos e o jogador fica recolhido no clube sem poder sair.
Segundo Ceni, considerando todas as partidas, o atleta fica em reclusão cerca de 160 dias por ano.
O ex-piloto de Fórmula Indy André Ribeiro, 32, diz que o glamour da vida de piloto não passa de ilusão e propaganda, mas afirma que o salário de um profissional do seu nível varia entre US$ 2 milhões e US$ 5 milhões por ano.
"O salário é bom, mas, nas festas, a nossa presença é profissional e vamos embora sem comer nada."


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