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CARREIRA
Exigência é estar sempre atento às transformações do mercado de trabalho
Mercado em geral pede especialista
SILVIA RIBEIRO
FREE-LANCE PAR A FOLHA
A advogada Viviane Pagani ainda não completou 30 anos e já
ostenta um salário maior que o
de muitos colegas de profissão.
Seu segredo? A especialização
profissional. "Ganho cerca de
cinco vezes mais do que um advogado que trabalha no trivial, sem
uma especialização", explica.
Além de carregar no currículo
mestrado na Universidade de
Houston, no Texas, e experiência
profissional nos Estados Unidos,
a jovem de 29 anos ainda goza de
mais uma vantagem. Ela atua
num campo que está em franca
ascensão no Brasil: o direito da
saúde. "Não faltam clientes", relata a advogada, que hoje presta assessoria jurídica a duas clínicas.
Vantagens
Em linha com a experiência
de Pagani, a diretora de assessoria
e gestão de recursos humanos
da KPMG, Patrícia Molino, 36,
avalia que escolhas específicas
escondem grandes vantagens.
"Geralmente, quanto mais especializado for o profissional, maior
o seu salário", observa.
As chances de êxito dos profissionais especializados são maiores, segundo ela. "Eles passam
a ser únicos, já que detêm uma
experiência que poucos possuem
no mercado", aponta.
Graduada em química e especialista em gestão ambiental, Rosângela Moraes, 36, também se
aproveitou de sua experiência e
das condições do mercado para
implementar o seu negócio.
Durante 15 anos, trabalhou na
fábrica da Kaiser instalada em Divinópolis (MG), onde atuava na
área de preservação do ambiente.
Quando a unidade fechou, aliou-se a um colega e montou uma
consultoria na área ambiental.
"Na região, quase não há empresas do ramo. E a legislação ambiental é cobrada de todas as
companhias", afirma ela. Criada
no ano passado, a consultoria trata de questões relativas a licenciamento ambiental e outorga para
captação de água pelas fábricas.
Jogo de cintura
Atualizações constantes e atenção às inovações também são recomendadas aos especialistas.
Com 15 anos de experiência em
administração de institutos culturais, Mariah Villas Boas, 56, não
abre mão de cursos de museologia e de história da arte, além de
palestras e workshops em museus
internacionais, como o Louvre.
"Procuro estar sempre aprendendo", comenta a especialista,
que já trabalhou no Arquivo do
Estado e na Bienal de São Paulo.
Foi a paixão pela arte, herdada de
sua família, que levou a socióloga
a se aprofundar no segmento de
gestão de museus. E ela não esconde o prazer pela atividade. "É
uma função muito gostosa", diz.
Em suas atividades no meio cultural, aproveita a sociologia para
compreender as questões políticas. Há um ano, uniu-se a uma
advogada e criou uma assessoria
que capta recursos na iniciativa
privada para projetos culturais.
Para isso, precisa ter "jogo de cintura para viabilizar projetos que
parecem impossíveis", conta.
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