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São Paulo, domingo, 14 de setembro de 2003

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PUBLICIDADE

Profissional da área produz ligação entre as pessoas e os produtos

FREE-LANCE PARA A FOLHA

No sistema capitalista, as funções fundamentais da propaganda e da publicidade são fomentar e criar mercados. Desde que há concorrência entre produtos, existe propaganda, e o publicitário tem o dever de fazer com que a sociedade saiba da existência de determinada coisa, produzindo canais de comunicação entre as pessoas e os produtos.
"A propaganda de sucesso tem de ser criativa, mas também vender. Por isso o curso é um dos mais complexos da área da comunicação. Não basta criar, mas saber associar a mensagem verbal à visual", explica Dorinho Bastos, 51, professor do curso de publicidade e propaganda da USP.
É verdade que existem cada vez mais profissionais na área e que o mercado, no entanto, está cada vez mais enxuto. Assim, apenas uma minoria consegue desenvolver trabalhos de criação e trabalhar em agências.
Dentro de uma agência, a atuação do publicitário é dividida em várias áreas. O trabalho pode ser de atendimento, quando o profissional vai ao cliente saber de suas necessidades. O planejamento pensa em como gastar a verba, enquanto a área de mídia define onde gastá-la, se em outdoors ou na televisão, por exemplo. O produtor escolhe o fotógrafo para uma campanha e coordena tarefas. Em um mercado tão competitivo, o melhor jeito de conseguir ingressar na área de criação é fazer um portfólio.
Fora das agências, pode-se planejar a estratégia de marketing de empresas ou representar o cliente perante as agências. Em veículos de comunicação, como TV e jornal, o profissional define espaços de anúncios ou os horários de veiculação dos comerciais.
Uma das principais características do publicitário é ser antenado, já que não adianta ter muita criatividade e não saber o que acontece no mundo. Uma propaganda deve ser capaz de antecipar fatos.
Sua fama é de ganhar muito dinheiro e ir a muitas festas, mas, na verdade, publicitários trabalham muito e administram, além da imagem da empresa, grandes verbas. "Como dizem, são 5% de inspiração e 95% de transpiração. Temos as nossas sacadas geniais, mas dá muito trabalho chegar a um bom resultado", explica Lourdes Gabrielli, 44, professora do curso de publicidade e propaganda da PUC. Algumas agências, por exemplo, chegam a pedir pelo menos 300 opções diferentes de títulos para um único anúncio.


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