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PUBLICIDADE
Profissional da área produz ligação entre as pessoas e os produtos
FREE-LANCE PARA A FOLHA
No sistema capitalista, as funções fundamentais da propaganda e da publicidade são fomentar
e criar mercados. Desde que há
concorrência entre produtos,
existe propaganda, e o publicitário tem o dever de fazer com que a
sociedade saiba da existência de
determinada coisa, produzindo
canais de comunicação entre as
pessoas e os produtos.
"A propaganda de sucesso tem
de ser criativa, mas também vender. Por isso o curso é um dos
mais complexos da área da comunicação. Não basta criar, mas saber associar a mensagem verbal à
visual", explica Dorinho Bastos,
51, professor do curso de publicidade e propaganda da USP.
É verdade que existem cada vez
mais profissionais na área e que o
mercado, no entanto, está cada
vez mais enxuto. Assim, apenas
uma minoria consegue desenvolver trabalhos de criação e trabalhar em agências.
Dentro de uma agência, a atuação do publicitário é dividida em
várias áreas. O trabalho pode ser
de atendimento, quando o profissional vai ao cliente saber de suas
necessidades. O planejamento
pensa em como gastar a verba,
enquanto a área de mídia define
onde gastá-la, se em outdoors ou
na televisão, por exemplo. O produtor escolhe o fotógrafo para
uma campanha e coordena tarefas. Em um mercado tão competitivo, o melhor jeito de conseguir
ingressar na área de criação é fazer um portfólio.
Fora das agências, pode-se planejar a estratégia de marketing de
empresas ou representar o cliente
perante as agências. Em veículos
de comunicação, como TV e jornal, o profissional define espaços
de anúncios ou os horários de veiculação dos comerciais.
Uma das principais características do publicitário é ser antenado,
já que não adianta ter muita criatividade e não saber o que acontece no mundo. Uma propaganda
deve ser capaz de antecipar fatos.
Sua fama é de ganhar muito dinheiro e ir a muitas festas, mas, na
verdade, publicitários trabalham
muito e administram, além da
imagem da empresa, grandes verbas. "Como dizem, são 5% de inspiração e 95% de transpiração.
Temos as nossas sacadas geniais,
mas dá muito trabalho chegar a
um bom resultado", explica Lourdes Gabrielli, 44, professora do
curso de publicidade e propaganda da PUC. Algumas agências,
por exemplo, chegam a pedir pelo
menos 300 opções diferentes de
títulos para um único anúncio.
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