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GEOLOGIA
Saber estrutura do planeta ajuda a "curar" problemas
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Geólogos são uma espécie de
médicos do solo e do subsolo,
porque conhecem a composição,
a estrutura e a evolução do globo
terrestre ao longo do tempo. Por
isso podem intermediar qualquer
"cirurgia" do homem no meio físico, seja na extração e no aproveitamento de recursos minerais,
como água, petróleo, carvão e gás
natural, ou na ocupação de áreas,
para implementação de infra-estrutura e desenvolvimento, nos
meios urbano e rural.
Isso significa que podemos encontrar geólogos trabalhando no
planejamento e na implantação
de obras de engenharia, na previsão e na prevenção de riscos ambientais e naturais (como terremotos, deslizamento de encostas,
controle de erosão), no fornecimento de informações para viabilizar projetos industriais e agrícolas, na produção de carvão, de petróleo e de gás natural e em projetos de aproveitamento de energia
hidroelétrica e no abastecimento
de água. Há ainda o campo da
pesquisa acadêmica.
Mas são as crescentes preocupações com a questão ambiental e
com os cuidados na ocupação do
espaço físico que propiciam aos
geólogos um mercado de trabalho
cada vez mais amplo, trabalhando
em equipes multidisciplinares
-com biólogos, engenheiros e
arquitetos- na elaboração de relatórios de impacto ambiental.
Outra área importante continua
sendo a dos recursos minerais,
com demanda crescente relacionada a novas descobertas de petróleo e gás. "O famoso potencial
do território brasileiro em recursos minerais não é um mito. Falta
torná-lo realidade, com investigação e projetos de aproveitamento", explica Sebastião Gomes de
Carvalho, professor do curso de
geologia da Unesp de Rio Claro.
Com o advento da tecnologia,
cada vez mais imagens de satélites
têm sido incorporadas ao cotidiano do profissional. "O geólogo
naturalista, que baseava sua atividade na observação da natureza e
na interpretação de fenômenos e
de processos, cedeu lugar ao geólogo "moderno", cuja atividade
envolve o uso de sofisticados
equipamentos, tornando-o também um profissional de gabinete
e de laboratório", completa Carvalho.
Para Rômulo Machado, 51, professor do Instituto de Geociências
da USP, persistência, curiosidade
e certa facilidade com as ciências
exatas são características desejáveis, além de disposição e disponibilidade para viagens a lugares
um pouco inóspitos, em veículos
como barcos ou helicópteros.
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