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São Paulo, domingo, 15 de junho de 2003

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HISTÓRICO PROFISSIONAL

Dedicação em excesso afeta a vida pessoal

Paula Mordo, 24, presidente de uma empresa de eventos, cruzou os limites do "workaholism", mas soube parar na hora certa. Há dois anos, ela entrou num círculo vicioso: começava a trabalhar às 9h e não tinha hora para acabar. Às vezes, parava às 5h do outro dia.
"Acordava e já ia para o computador, nem tomava café da manhã", conta. "Minha vida era o trabalho", afirma ela. Acabou desenvolvendo síndrome do pânico. Aos 22 anos, tinha de tomar antidepressivo e dois calmantes por dia. Foi aí que resolveu "pisar no freio".
Ficou dois meses sem trabalhar. "Fui procurar ajuda profissional e me reequilibrei. Hoje tenho mais qualidade de vida", conta.

Inspiração
Roberto Stern, 44, diretor de criação do grupo H. Stern, recusa o rótulo de "workaholic", mas confessa que, muitas vezes, não diferencia prazer de trabalho.
"Minha parte mais criativa se manifesta quando estou no lazer. Em Búzios [RJ], fotografei a rua das Pedras para inspirar uma pulseira."
"Trabalho muito por e-mail e, dependendo do assunto, não sei se é trabalho ou prazer", afirma Stern, adepto confesso da doutrina do sociólogo italiano Domenico De Masi -que "trabalha muito e, paralelamente, prega o ócio criativo".
Stern costuma gastar os domingos lendo revistas, de onde tira idéias para suas empresas. "Acordo cedo, mesmo quando vou dormir tarde no sábado. Aí folheio algumas revistas e faço anotações de vários temas", diz.


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