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Empresas adotam trainee global
Seleção mundial para programas expõe os jovens brasileiros à concorrência internacional
DE SÃO PAULO
A necessidade de contar
com gestores globais começa
a mudar o escopo dos programas de trainees. Antes focadas na seleção de brasileiros,
corporações agora apostam
numa seleção mundial, com
jovens de diversos países.
Recentemente, duas adotaram esse formato de programa: a Vale e a Magnesita.
A primeira retomou o programa neste ano com uma
modificação -houve recrutamento de candidatos no
Brasil, no Canadá, na Colômbia e na Indonésia.
Em fase de preparação da
próxima edição, a gerente de
atração e seleção de pessoas,
Renata Mazoco, adianta que
o recrutamento que começa
neste semestre será feito de
forma global e incluirá os 35
países em que a Vale opera.
O profissional brasileiro
"vai competir com jovens do
mundo inteiro", assim como
os candidatos a trainee da
Magnesita, que implantou
neste ano uma seleção global
para seu programa.
O maior volume de inscrições, até a quarta-feira passada, vinha do Brasil. Mas,
entre os cerca de 5.000 jovens, havia representantes
de países como o Canadá, a
Argentina e a China, conta a
coordenadora do programa,
Laura Coutinho.
Segundo ela, trata-se de
um projeto-piloto e não há
reserva de vagas por país.
"Os brasileiros são muito
bem preparados", responde,
sobre a possibilidade de jovens do país perderem espaço para os estrangeiros.
A presidente da consultoria Grupo DMRH, Sofia Esteves, também minimiza o impacto da concorrência entre
brasileiros e estrangeiros.
"Cada um tem diferenciais."
DE ONDE VIEMOS
Segundo Esteves, iniciativas globais tendem a proliferar, seguindo o crescente índice de internacionalização
das empresas. "É um avanço
porque oferece troca de experiência", argumenta.
Os trainees da Vale Mariana Ribeiro, 24, e Max Oliveira, 24, concordam. Aprovados na última seleção, foram
apresentados por videoconferência aos estrangeiros que
chegam ao Brasil neste mês.
Os dois, que já moraram
fora do país, contam que ainda se impressionam com as
diferenças entre as culturas.
"Em grupo, tivemos de fazer
uma escala de quesitos como
regras e status", explica ela.
"Temos muita informação
sobre a Colômbia e o Canadá,
mas não temos o mesmo nível de conhecimento sobre a
Indonésia", reflete Oliveira.
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