S?o Paulo, domingo, 15 de agosto de 2010

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Empresas adotam trainee global

Seleção mundial para programas expõe os jovens brasileiros à concorrência internacional

DE SÃO PAULO

A necessidade de contar com gestores globais começa a mudar o escopo dos programas de trainees. Antes focadas na seleção de brasileiros, corporações agora apostam numa seleção mundial, com jovens de diversos países.
Recentemente, duas adotaram esse formato de programa: a Vale e a Magnesita.
A primeira retomou o programa neste ano com uma modificação -houve recrutamento de candidatos no Brasil, no Canadá, na Colômbia e na Indonésia.
Em fase de preparação da próxima edição, a gerente de atração e seleção de pessoas, Renata Mazoco, adianta que o recrutamento que começa neste semestre será feito de forma global e incluirá os 35 países em que a Vale opera.
O profissional brasileiro "vai competir com jovens do mundo inteiro", assim como os candidatos a trainee da Magnesita, que implantou neste ano uma seleção global para seu programa.
O maior volume de inscrições, até a quarta-feira passada, vinha do Brasil. Mas, entre os cerca de 5.000 jovens, havia representantes de países como o Canadá, a Argentina e a China, conta a coordenadora do programa, Laura Coutinho.
Segundo ela, trata-se de um projeto-piloto e não há reserva de vagas por país. "Os brasileiros são muito bem preparados", responde, sobre a possibilidade de jovens do país perderem espaço para os estrangeiros.
A presidente da consultoria Grupo DMRH, Sofia Esteves, também minimiza o impacto da concorrência entre brasileiros e estrangeiros. "Cada um tem diferenciais."

DE ONDE VIEMOS
Segundo Esteves, iniciativas globais tendem a proliferar, seguindo o crescente índice de internacionalização das empresas. "É um avanço porque oferece troca de experiência", argumenta.
Os trainees da Vale Mariana Ribeiro, 24, e Max Oliveira, 24, concordam. Aprovados na última seleção, foram apresentados por videoconferência aos estrangeiros que chegam ao Brasil neste mês.
Os dois, que já moraram fora do país, contam que ainda se impressionam com as diferenças entre as culturas. "Em grupo, tivemos de fazer uma escala de quesitos como regras e status", explica ela. "Temos muita informação sobre a Colômbia e o Canadá, mas não temos o mesmo nível de conhecimento sobre a Indonésia", reflete Oliveira.


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