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São Paulo, domingo, 17 de agosto de 2003

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MÉTODO TRADICIONAL

Salas de aula padrão continuam cheias, mas procuram seguir inovações didáticas

Formato "quadro-negro mais professor" continua favorito

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A antiga aula de idiomas, com lousa, carteiras e professor, que os alunos frequentam algumas vezes por semana, ainda tem motivos para resistir às inovações do ensino. Ou melhor, adaptar-se a elas.
Professores ouvidos pela Folha afirmam que essa continua sendo a maneira mais eficaz para aprender. "O aluno tem de se envolver com o estudo, não há outro meio, e a sala de aula é a melhor forma para isso", avalia Anna Maria Carmagnani, professora da USP especializada em linguística.
"Não há milagres. Não há como aprender idiomas dormindo, por exemplo. O que dá resultado é mesclar o inovador com o conservador", afirma Luciana de Almeida Sampaio, diretora da St. Giles.
A presença do aluno, na opinião de Steven Beggs, diretor de marketing da Seven Idiomas, ainda é o fator que mais o impulsiona a absorver o conhecimento.
"Percebemos isso por experiência, e há pesquisas mundiais que apontam para essa tendência. A maior parte das pessoas aprende fazendo, há pouca transferência entre sentidos." E exemplifica: "Você aprende a ouvir, ouvindo, a falar, falando. A classe, com alunos heterogêneos e interesses semelhantes, propicia isso".
Mas a aula não precisa ser chata, com um professor falando e os alunos apenas ouvindo. Música, filmes e textos podem ser usados em conjunto com conversas informais, atividades extraclasse e discussões por e-mail com a intenção de dinamizar o aprendizado. Detalhe: sempre no idioma estudado e em uma classe pequena -dez alunos seria o máximo.
Magda Monteiro, 28, da administração da Elite Models, estudou no método tradicional por três anos. "Hoje penso em inglês. Se estou falando em inglês e alguém fala português comigo, acabo me sentindo perdida." (PL)



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