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CONCURSOS
Promoção se deve a conhecimento e sorte, diz assistente de promotor
A partir desta edição, a Folha passa a desvendar o dia-a-dia de concursados
MARIANA DESIMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Os salários são atrativos, a
idéia -nem sempre real- de
ter uma rotina menos estressante agrada e a estabilidade
tranqüiliza. Mas, para o candidato a um posto público, muitas vezes fica faltando um "detalhe": conhecer o que de fato
fará se for aprovado no exame.
Para facilitar a escolha da
função mais aprazível, a Folha
passa a acompanhar, na seção
"Concursos", o dia-a-dia de
funcionários já estabelecidos
nas carreiras mais concorridas.
Rotinas como a da assistente
de promotoria Suelene Morais
Bonette, 39, que trabalha no
Ministério Público há 20 anos.
Sua jornada começa às 11h,
com a leitura do "Diário Oficial". "É a nossa bíblia", explica.
Depois, responde e-mails e faz
um clipping das principais notícias para o seu promotor.
Bonette começou como escriturária -cargo hoje denominado "oficial de promotoria".
No último concurso aberto,
houve mais de 36 mil candidatos -existiam apenas 18 vagas.
"Antes, a concorrência não era
tão grande", compara Bonette,
enquanto atende a uma das
muitas ligações que recebe.
O almoço é rápido, em meia
hora, e no próprio escritório,
com uma colega de trabalho.
Depois, ela fica disponível até
às 19h para os pedidos de ajuda
da assessoria de comunicação
do ministério ou do promotor.
Nesse ínterim, diz que passou por três cargos até chegar
ao atual -o que "exigiu sorte":
"Conheci muita gente no ministério. Meu promotor dizia
para as pessoas me procurarem. Assim, consegui demonstrar minha força de vontade".
Já para Ana Maria Bolera,
auxiliar de promotoria no Ministério Público há 12 anos, "o
caminho é mostrar interesse".
"Se a promoção não chegar, é
melhor estudar nas horas vagas
e prestar outro concurso", diz.
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