São Paulo, domingo, 17 de dezembro de 2006

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Empresas estratificam deficiências

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar dos números crescentes, a inclusão de pessoas com deficiência nas corporações ainda precisa exorcizar um fantasma criado por elas mesmas: um preconceito velado, que se segmenta por grau e tipo de deficiência e cria o grupo dos "excluídos dentre os incluídos".
Prova disso são os números que apontam o perfil das 55.321 pessoas com deficiência contratadas nos últimos cinco anos: 42,6% delas são deficientes físicos, contra 3,6% de deficientes mentais e 1% com deficiência múltipla.
"As empresas buscam contratar pessoas com menor grau de deficiência -e é a mental, ou intelectual, que é sempre discriminada. O complicado é perceber que o mercado ainda faz essa seleção", aponta Izabel Maior, coordenadora-geral da Corde (Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência), órgão ligado à Presidência da República.
Para Izabel Maior, um dos desafios das grandes empresas é permitir que deficientes participem de todas as vagas ofertadas, e não que se criem vagas específicas para deficientes.
"A questão do posto de trabalho ainda é quase mítica por parte dos recursos humanos, que acham que determinado tipo de deficiência se encaixa em um tipo único de vaga. Mas isso não é real", afirma. (AR)


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