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São Paulo, domingo, 19 de janeiro de 2003

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Espaço para "amadores" fica mais restrito

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Antigamente, a maioria dos candidatos a cargos públicos era "amadora", ou seja, esperava a publicação de um edital de provas para, então, começar a estudar e, com a ajuda da sorte (e do baixo nível da concorrência), passar.
Hoje a situação é diferente. Com o aumento do desemprego e a retração do mercado, o ideal de entrar para a carreira pública e ter estabilidade no trabalho entrou para a lista de sonhos de muitas pessoas, levando a uma "profissionalização" do setor.
Exemplos desse fenômeno são Fernando Carvalho Filho, 29, e Rosana Yamada, 23.
Ele, após formar-se em engenharia civil, cursou duas especializações e fez mestrado. Depois da bagagem adquirida na academia, não pensou em perder muito tempo na iniciativa privada -na qual, diz, "o salário é ruim, e a oferta de trabalho é escassa"- e começou a se preparar para ser fiscal do Ministério do Trabalho.
Para melhor estudar, Carvalho saiu de Minas Gerais e mudou-se para São Paulo em setembro de 2002, onde estuda "o dia inteiro".
Rosana Yamada saiu de Tupã (524 km de São Paulo) há um ano e veio para a capital com a mesma intenção. Hoje estuda de quatro a cinco horas por dia em um curso preparatório e quer ser fiscal do INSS ou da Receita Federal -apesar de formada em direito.
A mudança de área também atrai Alice de Matos, 31, que se graduou em nutrição, trabalhou cinco anos no setor e depois montou uma loja de lingerie.
Hoje, quer vender o comércio. Há três meses estuda para a mesma finalidade de Yamada. "Não é um investimento de curto prazo, sei que não vou passar no primeiro concurso que fizer, mas vou ser persistente", pondera.



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