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Espaço para "amadores" fica mais restrito
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Antigamente, a maioria dos
candidatos a cargos públicos era
"amadora", ou seja, esperava a
publicação de um edital de provas
para, então, começar a estudar e,
com a ajuda da sorte (e do baixo
nível da concorrência), passar.
Hoje a situação é diferente. Com
o aumento do desemprego e a retração do mercado, o ideal de entrar para a carreira pública e ter
estabilidade no trabalho entrou
para a lista de sonhos de muitas
pessoas, levando a uma "profissionalização" do setor.
Exemplos desse fenômeno são
Fernando Carvalho Filho, 29, e
Rosana Yamada, 23.
Ele, após formar-se em engenharia civil, cursou duas especializações e fez mestrado. Depois da
bagagem adquirida na academia,
não pensou em perder muito
tempo na iniciativa privada -na
qual, diz, "o salário é ruim, e a
oferta de trabalho é escassa"- e
começou a se preparar para ser
fiscal do Ministério do Trabalho.
Para melhor estudar, Carvalho
saiu de Minas Gerais e mudou-se
para São Paulo em setembro de
2002, onde estuda "o dia inteiro".
Rosana Yamada saiu de Tupã
(524 km de São Paulo) há um ano
e veio para a capital com a mesma
intenção. Hoje estuda de quatro a
cinco horas por dia em um curso
preparatório e quer ser fiscal do
INSS ou da Receita Federal
-apesar de formada em direito.
A mudança de área também
atrai Alice de Matos, 31, que se
graduou em nutrição, trabalhou
cinco anos no setor e depois montou uma loja de lingerie.
Hoje, quer vender o comércio.
Há três meses estuda para a mesma finalidade de Yamada. "Não é
um investimento de curto prazo,
sei que não vou passar no primeiro concurso que fizer, mas vou ser
persistente", pondera.
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