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VOLTA ÀS AULAS
Fernando Moraes/Folha Imagem
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NOVOS ARES Rosana Yamada formou-se em direito, mas não pretende trabalhar na área; no ano passado, começou a estudar para se tornar fiscal da Receita Federal ou da Previdência Social
Aposentados também disputam concursos
Sonho de recomeçar atrai os mais velhos
FREE-LANCE PARA A FOLHA
"A minha história é triste",
avisa, de antemão, o administrador William Calaça, 46, que
trabalhou por 23 anos na Telesp -hoje Telefônica- e foi
dispensado em 2002.
Depois da demissão, conta,
"tinha esperança de ser admitido rapidamente". "Distribuí
vários currículos, mas não tive
sucesso. As empresas encaram
com várias restrições um profissional da minha idade."
Em outubro, Calaça teve a
idéia de estudar para concursos
públicos e se matriculou em
uma escola especializada, a
qual frequenta até hoje. Já prestou concurso para policial rodoviário federal e hoje está
atento às vagas da área fiscal.
O curso preparatório, que
dura oito meses, "não foi barato". "Gastei cerca de R$ 2.700
com os estudos", afirma.
"Democracia"
Também atrás de recolocação profissional, mas sentindo
na pele o preconceito da idade,
está Irnani Frazão, 50, contabilista aposentado.
Desde o ano passado, Frazão
estuda de seis a oito horas diárias para carreiras da área fiscal. Ainda assim, não se considera 100% pronto. "Uma boa
preparação toma cerca de um
ano e meio", opina. O investimento de Frazão até agora foi
de cerca de R$ 2.000.
"A carreira pública não olha
para a idade dos candidatos. É
mais democrática", conclui.
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