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São Paulo, domingo, 19 de janeiro de 2003

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VOLTA ÀS AULAS

Fernando Moraes/Folha Imagem
NOVOS ARES Rosana Yamada formou-se em direito, mas não pretende trabalhar na área; no ano passado, começou a estudar para se tornar fiscal da Receita Federal ou da Previdência Social

Aposentados também disputam concursos

Sonho de recomeçar atrai os mais velhos

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"A minha história é triste", avisa, de antemão, o administrador William Calaça, 46, que trabalhou por 23 anos na Telesp -hoje Telefônica- e foi dispensado em 2002.
Depois da demissão, conta, "tinha esperança de ser admitido rapidamente". "Distribuí vários currículos, mas não tive sucesso. As empresas encaram com várias restrições um profissional da minha idade."
Em outubro, Calaça teve a idéia de estudar para concursos públicos e se matriculou em uma escola especializada, a qual frequenta até hoje. Já prestou concurso para policial rodoviário federal e hoje está atento às vagas da área fiscal.
O curso preparatório, que dura oito meses, "não foi barato". "Gastei cerca de R$ 2.700 com os estudos", afirma.

"Democracia"
Também atrás de recolocação profissional, mas sentindo na pele o preconceito da idade, está Irnani Frazão, 50, contabilista aposentado.
Desde o ano passado, Frazão estuda de seis a oito horas diárias para carreiras da área fiscal. Ainda assim, não se considera 100% pronto. "Uma boa preparação toma cerca de um ano e meio", opina. O investimento de Frazão até agora foi de cerca de R$ 2.000.
"A carreira pública não olha para a idade dos candidatos. É mais democrática", conclui.



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