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São Paulo, domingo, 20 de julho de 2003

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Categoria teme condições de trabalho piores

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Há 13 anos, Jonas Emídio Batista, 42, técnico de manutenção da Varig, lotado em Guarulhos (SP), teve o antebraço direito amputado por um sistema de ventilação -hélices que jogam o ar quente para fora do avião-, utilizado somente quando a aeronave está no solo.
Com medo da fusão, diz que agora vai recorrer à Justiça para pedir indenização. "Não queria fazer isso, a Varig sempre foi muito boa para mim." Quando sua casa pegou fogo, a empresa o ajudou a comprar móveis e material de construção, conta.
Estudante de direito, revela que planejava terminar o curso e trocar de posto dentro da companhia. "Agora estou preocupado. Tenho filhos e não sei nada sobre o meu futuro", afirma.
No que se refere à saúde, os aeroportuários (que dizem temer que a crise enfraqueça a Infraero e comprometa planos da categoria, como reverter as terceirizações no setor iniciadas no governo FHC) reivindicam a regulamentação nacional do ruído aeronáutico e lutam pelo reconhecimento de doenças do trabalho específicas.
Edson Fortes da Silva, 41, que trabalhava com armazenamento de cargas, afirma que sua leucopenia (diminuição de glóbulos brancos no sangue) foi causada no emprego. Silva promete ser o primeiro funcionário da Infraero a levar a discussão sobre a doença à Justiça.
A Infraero diz que quem tem o problema recebe tratamento e que instalará uma Comissão de Segurança e Saúde do Trabalhador. (BL)


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