São Paulo, domingo, 20 de dezembro de 2009

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PELA CULATRA

TENTATIVA DE PROTEGER LEVA A DEMISSÃO

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Chamado para ocupar um cargo mais alto, o analista de tecnologia da informação Leandro Barbosa do Carmo, 27, entraria no lugar de um amigo, que seria demitido.
Na sua avaliação, o tal colega deveria permanecer na firma.
Carmo fez o que julgou certo: avisou o amigo de que o cargo seria ocupado por uma terceira pessoa se ele mesmo não o fizesse e contou que pedira sua permanência no time.
O único resultado que teve, conta, foi sua própria demissão. O amigo confrontou a chefia e se manteve no emprego. Já Carmo desagradou aos líderes por ter revelado a futura demissão e acabou mandado embora.
"Acho que os valores [com os quais me guiei] são válidos, mas eu não faria isso novamente. Seria o mais isento possível", diz ele, que conseguiu se recolocar em outra empresa.

"Ingenuidade corporativa"
Para Mariá Giuliese, da Lens & Minarelli, Carmo foi fiel ao amigo, mas infiel ao chefe, que queria promovê-lo.
"Numa empresa, quem tem o poder de demitir ou contratar é o chefe. É pretensão ir contra isso. Cabe ao líder definir quem é bom", sentencia.
Para Giuliese, a melhor opção seria aceitar o cargo e depois ajudar o amigo a encontrar uma oportunidade.


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