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PELA CULATRA
TENTATIVA DE PROTEGER LEVA A DEMISSÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Chamado para ocupar um
cargo mais alto, o analista de
tecnologia da informação
Leandro Barbosa do Carmo, 27,
entraria no lugar de um amigo,
que seria demitido.
Na sua avaliação, o tal colega
deveria permanecer na firma.
Carmo fez o que julgou certo:
avisou o amigo de que o cargo
seria ocupado por uma terceira
pessoa se ele mesmo não o
fizesse e contou que pedira sua
permanência no time.
O único resultado que teve,
conta, foi sua própria demissão.
O amigo confrontou a chefia e
se manteve no emprego. Já
Carmo desagradou aos líderes
por ter revelado a futura demissão e acabou mandado embora.
"Acho que os valores [com os
quais me guiei] são válidos, mas
eu não faria isso novamente.
Seria o mais isento possível",
diz ele, que conseguiu se recolocar em outra empresa.
"Ingenuidade corporativa"
Para Mariá Giuliese, da Lens
& Minarelli, Carmo foi fiel ao
amigo, mas infiel ao chefe, que
queria promovê-lo.
"Numa empresa, quem tem o
poder de demitir ou contratar é
o chefe. É pretensão ir contra
isso. Cabe ao líder definir quem
é bom", sentencia.
Para Giuliese, a melhor opção seria aceitar o cargo e depois ajudar o amigo a encontrar
uma oportunidade.
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