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CONCURSOS
Recursos são alternativa para os que se consideram injustiçados
FAUSTO SALVADORI FILHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Fazer a inscrição, estudar,
passar, trabalhar. Embora lógica, essa seqüência nem sempre
é realidade na vida de quem
presta concurso público.
Isso porque uma etapa intermediária, a dos recursos administrativos ou judiciais, solicitados por candidatos que se
sentem injustiçados, não somente é comum como pode
mudar o rumo de quem quer
ver o nome entre os aprovados.
Levantamento da Cespe-UnB, que organiza concursos,
revela que cerca de 2% dos candidatos recorrem administrativamente das provas objetivas.
Nas provas discursivas, 1 em cada 5 deles entra com recurso.
Segundo a professora de direito da USP Odete Medauar,
"qualquer aspecto do concurso
-da inscrição à contratação-
pode ser questionado".
Mas nem sempre a resposta é
imediata. O recurso judicial,
por exemplo, é o mais demorado. "Ao sair a sentença, o candidato já obteve outro trabalho",
diz o advogado César Pimentel.
É o caso de João Lima, 40,
que nunca descobriu se passaria no concurso que prestou:
desistiu dele por supostas
"irregularidades na prova".
Enquanto a Justiça não julga
o mérito da questão, Lima conseguiu trabalho como assessor
parlamentar, mesmo não sendo o emprego dos seus sonhos.
"Preferiria dar aulas", afirma.
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