São Paulo, domingo, 21 de maio de 2006

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CONCURSOS

Recursos são alternativa para os que se consideram injustiçados

FAUSTO SALVADORI FILHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Fazer a inscrição, estudar, passar, trabalhar. Embora lógica, essa seqüência nem sempre é realidade na vida de quem presta concurso público.
Isso porque uma etapa intermediária, a dos recursos administrativos ou judiciais, solicitados por candidatos que se sentem injustiçados, não somente é comum como pode mudar o rumo de quem quer ver o nome entre os aprovados.
Levantamento da Cespe-UnB, que organiza concursos, revela que cerca de 2% dos candidatos recorrem administrativamente das provas objetivas. Nas provas discursivas, 1 em cada 5 deles entra com recurso.
Segundo a professora de direito da USP Odete Medauar, "qualquer aspecto do concurso -da inscrição à contratação- pode ser questionado".
Mas nem sempre a resposta é imediata. O recurso judicial, por exemplo, é o mais demorado. "Ao sair a sentença, o candidato já obteve outro trabalho", diz o advogado César Pimentel.
É o caso de João Lima, 40, que nunca descobriu se passaria no concurso que prestou: desistiu dele por supostas "irregularidades na prova".
Enquanto a Justiça não julga o mérito da questão, Lima conseguiu trabalho como assessor parlamentar, mesmo não sendo o emprego dos seus sonhos. "Preferiria dar aulas", afirma.


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