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INTERNACIONAIS
Período no exterior ajuda trainee a entender a empresa e a consolidar a carreira
Viagem abre cabeça, mas não apetite
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Na faculdade, os trabalhos de
Paulo Bitelman, 22, passavam
longe do eixo Estados Unidos-Europa. Quando finalmente se formou em relações internacionais,
decidiu zarpar para a China. Há
quase dois meses em Tianjin (cidade próxima da capital, Pequim), o trainee da Câmara Brasil-China de Desenvolvimento
Econômico se diverte ao relatar
suas experiências.
"Já comi pé de galinha e de pato,
bucho de porco e carne de cachorro. Preferi não perguntar a
raça", brinca Bitelman, ao comentar o costume chinês de fechar negócios em restaurantes.
Turbinar o currículo e conhecer
culturas estrangeiras são os principais motivos que levam recém-formados a empresas que oferecem oportunidades no exterior.
Para as multinacionais, o contato ajuda no diálogo matriz/subsidiária. Daniel Zurron, 26, hoje engenheiro de logística da Bosch,
trabalhou quando trainee na Alemanha. Depois da experiência,
diz, passou a compreender melhor a objetividade dos alemães.
Aperfeiçoamento do idioma,
formação de redes de relacionamento e domínio de novas tecnologias são outros benefícios trazidos na bagagem. Para Zurron, o
maior obstáculo foi o idioma.
Adriana Rosa, gerente de soluções da Across Gestão de Carreiras, afirma, porém, que a língua
não impede a viagem, contanto
que o inglês seja fluente.
E não são apenas matrizes que
recebem trainees. A Unilever, de
capital inglês e holandês, leva os
novatos a unidades latinas.
Eduardo Coifman, 26, foi à Argentina como trainee. Cinco meses depois, retornava como gerente de RH para a área de marketing da América Latina. O contato
ajudou a "quebrar o gelo" ao lidar
com os parceiros argentinos.
"Antes de tratar de negócios, pergunto: "Como você está?'", ilustra.
Para Juliano de Melo, 23, a experiência de vida foi a maior lição de
sua viagem a Calcutá (Índia), onde atuou no projeto de um shopping center. "A cultura da Índia é
bem diferente da brasileira. Queria ter contato com situações que
não vivemos aqui." Ele viajou
com a ajuda da Aiesec.
(SBR)
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