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São Paulo, domingo, 21 de setembro de 2003

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INTERNACIONAIS

Período no exterior ajuda trainee a entender a empresa e a consolidar a carreira

Viagem abre cabeça, mas não apetite

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Na faculdade, os trabalhos de Paulo Bitelman, 22, passavam longe do eixo Estados Unidos-Europa. Quando finalmente se formou em relações internacionais, decidiu zarpar para a China. Há quase dois meses em Tianjin (cidade próxima da capital, Pequim), o trainee da Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico se diverte ao relatar suas experiências.
"Já comi pé de galinha e de pato, bucho de porco e carne de cachorro. Preferi não perguntar a raça", brinca Bitelman, ao comentar o costume chinês de fechar negócios em restaurantes.
Turbinar o currículo e conhecer culturas estrangeiras são os principais motivos que levam recém-formados a empresas que oferecem oportunidades no exterior.
Para as multinacionais, o contato ajuda no diálogo matriz/subsidiária. Daniel Zurron, 26, hoje engenheiro de logística da Bosch, trabalhou quando trainee na Alemanha. Depois da experiência, diz, passou a compreender melhor a objetividade dos alemães.
Aperfeiçoamento do idioma, formação de redes de relacionamento e domínio de novas tecnologias são outros benefícios trazidos na bagagem. Para Zurron, o maior obstáculo foi o idioma. Adriana Rosa, gerente de soluções da Across Gestão de Carreiras, afirma, porém, que a língua não impede a viagem, contanto que o inglês seja fluente.
E não são apenas matrizes que recebem trainees. A Unilever, de capital inglês e holandês, leva os novatos a unidades latinas. Eduardo Coifman, 26, foi à Argentina como trainee. Cinco meses depois, retornava como gerente de RH para a área de marketing da América Latina. O contato ajudou a "quebrar o gelo" ao lidar com os parceiros argentinos. "Antes de tratar de negócios, pergunto: "Como você está?'", ilustra.
Para Juliano de Melo, 23, a experiência de vida foi a maior lição de sua viagem a Calcutá (Índia), onde atuou no projeto de um shopping center. "A cultura da Índia é bem diferente da brasileira. Queria ter contato com situações que não vivemos aqui." Ele viajou com a ajuda da Aiesec. (SBR)


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