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PERFIL
Competição e longas jornadas marcam carreira
DE SÃO PAULO
Competição total por quem bate mais metas e recebe mais bônus. Assim é o cotidiano de boa parte dos profissionais de investimentos, que muitas vezes deixam de lado a saúde e a vida pessoal pelo sucesso rápido na carreira.
A jornada de trabalho é, com frequência, superior a dez horas diárias, sobretudo para os traders, que devem ter agilidade mental para relacionar eventos e seus impactos no mercado financeiro, descreve Joel Dutra, professor de gestão de pessoas da FEA-USP.
Outra categoria importante é a composta pelos bankers, baseados em relacionamento e com a responsabilidade de manter a fidelidade dos clientes.
"Não se trata de um trabalho, mas de uma opção de vida", diz Bernardo Queiroz Aleksandravicius, 27, que faz MBA com ênfase em finanças na Coppead/ UFRJ para voltar ao mercado mais qualificado. "Gosto da adrenalina."
"É preciso manter-se forte e comprometido", atesta o gerente de mercados de capitais José Eduardo Ferreira, 41, que teve aumento de 20% em seu salário fixo em 2009.
Há, porém, quem busque novos caminhos, como José Muylaert, 32, que deixou o ramo pela "dificuldade de ter satisfação pessoal além de maiores ganhos financeiros".
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