São Paulo, domingo, 24 de outubro de 2004

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12 MIL VAGAS

De engordar orçamento a turbinar currículo, período rende aproveitamentos variados

Meta traçada enriquece trabalho de férias

TATIANA DINIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

LARISSA CORRÊA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

À medida que a temperatura aumenta, indicando a proximidade do verão, as chances de conseguir um trabalho temporário se multiplicam. Serão 92 mil postos formais e 180 mil informais, de acordo com projeção da Asserttem (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e do Trabalho Temporário).
Há vagas em vários cenários: na indústria, no comércio, em empresas de lazer e turismo e até em reservas ambientais. Para escolher, o melhor é pesar os ganhos da experiência.
Uma possibilidade é engordar o orçamento com comissões de vendas em lojas de shopping. Outra é usar o período para turbinar o currículo com um estágio num resort ou numa reserva ecológica.
Coordenador de esportes e lazer do hotel Resort Bourbon Atibaia, Rodrigo Ramos, 27, ressalta que o estágio na área é um "passaporte" para o mercado. "Não exige experiência e dá a chance de conhecer o funcionamento do hotel", diz.
Mas, aos que acham que passar as férias num hotel de luxo é sinônimo de diversão, ele alerta que "o trabalho é duro". "É preciso ter energia, sorrir o tempo todo e servir os hóspedes por turnos de oito horas a 12 horas", conta ele, que selecionará hoje dez estagiários para reforçar seu time no verão.
Por mais um ano, a empresária Anna Paula Ramalho, 28, dona da joalheria Blue Spirit, manterá a tradição das contratações temporárias para dinamizar o atendimento. "Abrimos as vagas ainda em novembro, quando as vendas começam a aumentar. Em dezembro, a clientela é absurda. Mesmo que eu esteja com o meu quadro de funcionários completo, preciso de pelo menos um extra", explica a empresária.
Ramalho diz ter percebido que, além de contornar o caráter de emergência, a prática também é uma forma de treinar e avaliar potenciais funcionários. Das 3 vendedoras atuais, 2 foram efetivadas dessa maneira. "Depende muito da boa vontade e da motivação que [o temporário] demonstrar", orienta.

Não há vagas
Por outro lado, nem todos contratam. Um exemplo é o Playcenter, que, diferentemente do mesmo período do ano passado, quando abriu 60 vagas, não terá temporários. Apesar de mantida a expectativa de receber um público superior ao dos outros meses, a administração afirma que optou por investir em treinamento para que os 500 funcionários efetivos dêem conta de receber o fluxo do período -mesma receita usada nas últimas férias de julho.


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