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"Não tinha energia nem para falar"
DA REPORTAGEM LOCAL
Há oito anos, quando perdeu sua filha, que tinha 25
anos, a pedagoga Alice
Davanço Quadrado, 63, conta que "perdeu o chão".
"Eu tive uma baixa muito
grande na produtividade,
não tinha mais condições de
me concentrar. Não tinha
ânimo para me arrumar.
Você não tem energia física
para andar ou falar e fica debilitada intelectualmente."
Para ela, por mais que as
pessoas sejam compreensivas, há um questionamento
velado sobre quanto tempo
vai durar essa dor.
Quadrado, que era coordenadora de projetos em um
centro de pesquisas, conta
que só conseguiu retomar a
sua vida um ano depois.
Foi então que teve a idéia
de fundar a Casulo, uma associação para pessoas enlutadas -apoio que diz não ter
encontrado na época.
"Quando você conhece
pessoas que entendem esse
sentimento, você encontra
seus "eus'", comenta.
(MCN)
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