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São Paulo, domingo, 29 de junho de 2003

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FILHOS EM FÉRIAS

Abrir diálogo com a chefia pode ajudar a encontrar solução ideal

DA REPORTAGEM LOCAL

Travar um diálogo com o empregador sobre a situação dos filhos durante as férias pode ser um caminho mais simples do que muitos profissionais imaginam. Afinal, vários chefes também têm filhos em idade escolar e vivenciam igual tensão no mês de julho.
"Boa parte das empresas já vê o funcionário como um ser holístico [com características que não são vistas separadamente], e a filosofia de gestão defende que ele esteja bem em todos os campos", afirma Tatiana Wernikoff, consultora e diretora do Instituto de Psicologia Organizacional.
Aproveitando essa tendência, Wernikoff sugere que os funcionários "compartilhem os medos" no ambiente de trabalho. "Ele pode descobrir que o chefe está enfrentando o mesmo problema."
Foi conversando com o seu gerente que o consultor imobiliário Fernando Araújo, 46, conseguiu negociar mais flexibilidade em seus horários nas férias da filha, Renata, de três anos. "Ela fará curso de férias na própria escola, onde já tem amigos. Vou buscá-la e dar suporte no restante do dia."
Além de negociar horários flexíveis, o programador de internet Edson Almeida, 30, pai de Clara, 3, está organizando as férias da filha para não se atrapalhar no trabalho. "Ela vai passar 15 dias com a minha mãe no interior de Minas Gerais, e estou pesquisando um curso para o restante do mês."
Mais sortuda, a gerente Jéssica Santchuk, 32, obteve uma semana de folga para viajar com os filhos para uma fazenda. "É um momento mágico para nós. No resto do mês, eles ficarão com a babá e visitarão os amigos", explica.
Sem horários regulares, a supervisora de vendas Sandra Martins pretende reorganizar sua rotina de trabalho para estar de volta em casa às 18h diariamente. "É uma forma de ficar um pouco com meus filhos, que vão frequentar um curso de férias", observa.
Manter as crianças em uma escola próxima ao local de trabalho foi a opção escolhida pelos empresários Luciana Sampaio e Victor Baseggio. O curso de férias de Adriana, 3, e Victor, 2, fica vizinho à empresa dos pais. "Julho é angustiante, pois não queremos falhar como pais nem como profissionais. O desafio é conciliar bem os papéis", ressalta Luciana.


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