UOL


São Paulo, domingo, 29 de junho de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FILHOS EM FÉRIAS

Rigor na escolha da programação assegura tranquilidade aos pais

DA REPORTAGEM LOCAL

Programação de férias em escolas regulares. Inglês com brincadeiras em horário integral. Acampamentos com temporadas de até 14 dias. Cursos infantis de moda, culinária, arte, teatro e música.
Para quem busca alternativas de onde deixar os filhos no mês de julho, não faltam opções. Mas é preciso abrir o olho e escolher bem para que a solução não se transforme em mais problemas.
Movidos pela pressão do trabalho e com pouco tempo disponível para fazer uma pesquisa rigorosa, os pais correm um sério risco de matricular a criança no primeiro local em que encontrarem a faixa de "curso de férias", só para dar conta de manter a rotina.
Só que o preço de uma má escolha pode ser salgado, e as consequências, desastrosas. Imagine, por exemplo, atender no meio do expediente ao telefonema de uma criança de oito anos chorando porque quer voltar imediatamente do acampamento de aventura que fica a duas horas da capital.
Para Maria Angela Barbato Carneiro, 56, pedagoga e professora de educação infantil da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), o sucesso da empreitada dos pais depende principalmente do preparo da empresa prestadora do serviço. E conhecê-la ao máximo é o primeiro passo para uma avaliação prudente.
"Tanto para as escolas como para os acampamentos, a dica é procurar saber quem compõe a equipe de profissionais, quais as suas qualificações e quais as atividades que serão conduzidas no local."
Conversar com a criança e ouvir o que ela quer fazer durante as férias é outra premissa básica. Os cursos têm preços bastante variados, e optar por uma atividade com a qual seu filho não se identifica pode ser perda de tempo.
Além disso, é preciso respeitar a faixa etária da criança, a possível limitação de permanecer afastada dos pais por muito tempo e a forma como ela se sente em ter de interagir em um ambiente estranho.
"Sempre recomendamos aos pais que tragam o filho com um amigo ou um primo. É uma medida para que ele não se sinta tão deslocado e facilita a adaptação", diz Sônia Regina Paulino, 41, da Escola Projeto Vida -localizada em um sítio tombado na zona norte e que oferece programação basicamente recreativa.
Brincar, aliás, deve ser um direito preservado nas férias escolares infantis, enfatizam os especialistas. "Se há uma programação dirigida, o melhor é que ela tenha jogos e brincadeiras e que o espaço físico disponível possa ser usado em toda a sua extensão", diz Maria Angela Barbato Carneiro.

Acampamentos
Entre as opções disponíveis, os acampamentos aparecem com grande poder de atração: representam ocupação em tempo integral e substituem a viagem de férias que não será feita em família.
Mas, de acordo com dados do Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor), a contratação desse tipo de serviço requer atenção redobrada. Em caso de insatisfação, os acampamentos têm de oferecer serviço compatível com o divulgado ou arcar com gastos de um similar, mas não há possibilidade de reaver o dinheiro que já foi investido.
Por isso, fazer uma visita ao local, checar instalações e informar-se da existência de seguro-saúde ou de pronto-socorro próximo para casos de emergência são medidas indispensáveis aos pais.


Texto Anterior: Filhos em férias: Roteiro dá opções para evitar dilema do recesso escolar
Próximo Texto: Abrir diálogo com a chefia pode ajudar a encontrar solução ideal
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.