São Paulo, domingo, 29 de agosto de 2004

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Cursos são examinados "por tabela"

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A grande discussão na hora de implantar o exame é saber exatamente o que ele pretende avaliar, se a qualidade do ensino e, portanto, a faculdade, ou a aptidão profissional (o aluno), embora ambas estejam interligadas.
Apesar de o propósito dos testes não ser analisar as faculdades, os examinadores admitem que essa é uma preocupação. "Divulgamos um ranking das faculdades que mais aprovam [profissionais]. Se alguma tem alto índice de reprovação, é porque há algo de errado", diz Ivette Ferreira, da OAB-SP.
Para Benedito Dias, presidente da Comissão de Ensino do CFMV (Conselho Federal de Medicina Veterinária), "um curso com percentual alto de aprovação dos seus egressos só pode ser um curso de qualidade".
Mesmo com um índice de reprovação de 22%, considerado baixo, o CFMV não ficou livre de reações. Assim como na contabilidade, o conselho foi bombardeado com liminares contra a realização do exame. Pará e Rio Grande do Sul conseguiram fugir da obrigatoriedade, enquanto a questão não se resolve na Justiça.
Para Everson Augusto Krum, presidente do Conselho Regional de Farmácia do Paraná, que pleiteia no CFF autorização para realizar um teste-piloto no Estado, a preocupação com a qualidade de ensino é grande. Edson Taki, do CFF, ecoa: "Não queremos punir os formandos. Nossa preocupação é com a sociedade, que espera ser atendida por um profissional qualificado".


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