S?o Paulo, domingo, 29 de agosto de 2010

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Mais pedidos de demissão

Boa oferta de vagas e gestor despreparado incentivam saída da empresa

Carlos Cecconello/Folhapress
Elaine Valério, professora de educação física, em São Paulo

JORDANA VIOTTO
DE SÃO PAULO

Primeiro, um comissário da norte-americana JetBlue aciona o escorregador de emergência de uma aeronave para pedir demissão.
Depois, um blog faz uma pegadinha com fotos de uma jovem explicando com sarcasmo que teria pedido as contas porque seu chefe passaria horas em jogos on-line.
Os dois casos, embora caricatos, chamam a atenção para uma dificuldade que os profissionais têm na hora de mudar de emprego: como anunciar sua saída ao chefe.
Cerca de 2 milhões de brasileiros se depararam com essa questão no primeiro semestre deste ano. De janeiro a junho, 26% dos desligamentos de empresas foram feitos a pedido do funcionário - a média histórica é de 20%.
O cenário econômico atual contempla maior número de vagas e favorece quem quer mudar, avalia Sérgio Mendonça, economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
A isso, soma-se uma "crise de liderança", segundo a consultora da DBM Irene Azevedo. "As pessoas estão sobrecarregadas, e os gestores, despreparados", afirma.
A orientação para quem pretende engrossar o coro dos demissionários é a franqueza. Foi o que fez Elaine Valério, 27, professora de educação física.
Ela trabalhava havia quatro anos em uma academia e foi convidada para outro trabalho. "Abri o jogo para meu chefe e saí numa boa", conta.


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