S?o Paulo, domingo, 29 de agosto de 2010

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Satisfeitos sentem mais dificuldade

Melhor estratégia é conversa franca com o chefe, sem discutir a relação

DE SÃO PAULO

A dificuldade de pedir demissão está relacionada à satisfação profissional com seu emprego e com sua equipe.
"Quando se gosta do trabalho, [demitir-se] pode ser até constrangedor", diz Selma Paschini, diretora-executiva da Human Capital.
Clécia Simões, 28, passou por uma situação desse gênero ao deixar a gerência de marketing interno da empresa de internet Predicta para abrir seu negócio, depois de três anos no cargo.
"Era o trabalho dos sonhos, mas sentia que podia fazer mais", afirma.
Um mês antes de se desligar, sentou para conversar com o presidente da empresa. "Foi um choque para os dois, mas ele entendeu."
A transparência é o melhor caminho nesse momento, segundo consultores ouvidos pela Folha.
Eles orientam também a não discutir a relação nesse momento. "Insatisfações devem ser pontuadas conforme acontecerem", ressalta Irene Azevedo, consultora da DBM. Assim, diz, a empresa tem chance de mudar.
Foi com essa expectativa que a arquiteta Cristina Imay, 35, abordou os chefes na Orbi Projetos, em 2007.
Ela estava lá desde 2004 e sentia que não havia mais espaço para crescer. "Disse a eles que, naquela situação, me colocaria à disposição no mercado", lembra.
Quando foi convidada pelo maior concorrente da empresa na época, pediu ao diretor para ligar para seu chefe. "Não queria pegar ninguém de surpresa", afirma.


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