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Satisfeitos sentem mais dificuldade
Melhor estratégia é conversa franca com o chefe, sem discutir a relação
DE SÃO PAULO
A dificuldade de pedir demissão está relacionada à satisfação profissional com seu
emprego e com sua equipe.
"Quando se gosta do trabalho, [demitir-se] pode ser
até constrangedor", diz Selma Paschini, diretora-executiva da Human Capital.
Clécia Simões, 28, passou
por uma situação desse gênero ao deixar a gerência de
marketing interno da empresa de internet Predicta para
abrir seu negócio, depois de
três anos no cargo.
"Era o trabalho dos sonhos, mas sentia que podia
fazer mais", afirma.
Um mês antes de se desligar, sentou para conversar
com o presidente da empresa. "Foi um choque para os
dois, mas ele entendeu."
A transparência é o melhor
caminho nesse momento, segundo consultores ouvidos
pela Folha.
Eles orientam também a
não discutir a relação nesse
momento. "Insatisfações devem ser pontuadas conforme
acontecerem", ressalta Irene
Azevedo, consultora da
DBM. Assim, diz, a empresa
tem chance de mudar.
Foi com essa expectativa
que a arquiteta Cristina
Imay, 35, abordou os chefes
na Orbi Projetos, em 2007.
Ela estava lá desde 2004 e
sentia que não havia mais espaço para crescer. "Disse a
eles que, naquela situação,
me colocaria à disposição no
mercado", lembra.
Quando foi convidada pelo maior concorrente da empresa na época, pediu ao diretor para ligar para seu chefe. "Não queria pegar ninguém de surpresa", afirma.
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